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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

volta sempre

Vem sem hora marcada
 Sem dia te espero
Construindo cabanas na lembrança do teu ser
Vou-me prestando entre lamentos
Segredando ao rio minha ânsia
 Em te abraçar
Vou-lhe contando nossa cumplicidade
Vou fazendo brilhar meus olhos
 Cada vez que sinto tua brisa
 Entre os pesadelos e segredos só a ti revelados
Espero tua voz para acalmar
 Trepando montanhas caindo em figueiras entre figos maduros
 Veneno da vida sem beber do copo da ilusão
 Tudo são portas abertas em dias incertos
 Que o sol renasceu
 Espero entre relógios parados
Preparando a refeição entre mesas sem cadeiras
Abrindo janelas há muito fechadas
 Como uma fogueira de mil cores
Na magia do momento aqueces meu simples coração
 Preparo o cajado da verdade para mais uma jornada
Para mais uma caminhada no escuro
No incerto até tua chegada
Vem como és humilde por entre as nuvens da glória
Descalça de injustiças
Traz contigo as palavras que te dei no dia da partida
Traz contigo o perfume que senti a chegada
Traz contigo meu amor por ti
Traz-te a mim para eu te contemplar
Chega na primavera quando já não há Outono
Não desistas porque nem o horizonte é o limite
 espelha reflectindo todo o meu ser
Volta na velhice se assim for
 Mas volta sempre.

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