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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Meu corpo ainda te espera

Meu corpo te espera
Nesse teu passo brando
Como nunca te tenham feito a pergunta certa
Nesse teu passo que acelera
Nunca a vida me disse que era incerta

Eu chamo por ti
E tu respondes de palavra aberta
 me escreves na parede deserta
Porque não estas aqui?

 se meu corpo se demora
Se alma se vai embora
Traindo essa tua demora
E se o céu se destrói em gloria

Corrida do agora
Em tua morada
Te beijo a desgarrada
Na face descartada

No raiar da alpendorada
Outrora casa fechada
Que a mim se abriu
Para ser habitada

E Meu corpo ainda te espera
Nesse teu passo brando
Como nunca te tenham feito a pergunta certa
Nesse teu passo que acelera
Nunca a vida me disse que era incerta
Em teus braços com nossa porta aberta
Ao amor que nos acerca



2 comentários:

SolBarreto disse...

"Eu chamo por ti
E tu respondes de palavra aberta
me escreves na parede deserta
Porque não estas aqui?"
Como sempre um lindo poema...
A espera é coisa angustiante por vezes, porque sempre fica a duvida do virá ou não virá?E a duvida é massacrante!Que bom que pelo menos em seu poema a duvida nao existe...
"Nunca a vida me disse que era incerta
Em teus braços com nossa porta aberta
Ao amor que nos acerca "

Martins Pescador disse...

Esperar sempre é difícil. Belo poema