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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

tua face me esqueci

Boca fechada
Corpo caído na calçada
Um sentimento
Uma única estrada

Saio pelo caminho
Inseguro
Sem me sentir maduro
Sem alimento ou abrigo

Apenas te traga em meu peito
Apenas relembro aquilo que em ti não aceito
Desespero por de ti falar
Alegria por ter esperança em te encontrar

Durmo na calçada
Sem uma única palavra soltar
No amor que é sempre amor
Não é o primeiro
Nem o derradeiro

E a chuva me cobre as lágrimas
Brotadas a um vento qualquer
No que me retarda o encontro
De qualquer hora por parar

Onde só encontro esse teu secreto lugar
São apenas dizeres
Pequenas e distraídas
Sensações de prazeres
Que nos levam a novas recaídas

E eu te escuto por escutar
Pois tu já queres ser escutada
E eu te beijo por beijar
Porque tu já não queres ser beijada


Não sei que te aconteceu
Que sonho te morreu
Que sentimento se esqueceu
Neste amor que doeu
 tua face me esqueci
E essa dor de não saber teus traços
De não saber teus passos
Me deixa deitado ao frio
De um relento
Onde não tenho conhecimento
Da verdade em forma de mentira
De um corpo gelado
Que morre lentamente no inverno
A espera de ser aquecido por ti

2 comentários:

SolBarreto disse...

Lindo como sempre Portuga! Cada dia mais admiração por esse lado poeta...
"Não sei que te aconteceu
Que sonho te morreu
Que sentimento se esqueceu
Neste amor que doeu."
Lindo trecho...com o qual me identifico e ate poderia dizer a alguem...mas creio que essa pessoa ja não me ouviria...pois ja me esqueceu, não so da minha face, como de tudo o que falamos e quem sabe sentimos...

Fernanda Rocha Mesquita disse...

E a chuva me cobre as lágrimas
Brotadas a um vento qualquer
No que me retarda o encontro
De qualquer hora por parar

um momento que parece abstrato, mas muito real em certas alturas da vida

fernanda