A uma outra margem
Uma ponte sobre nós
Estendendo nossos passos
De sabedoria
Um requinte dourado
Madrugador por si só
Palavra de verdade
De amor sincero
Algo ternurento ao cair da noite
Que afaga a solidão
Que nós libra da corrupção humana
Uma pequena esperança
Rio calmo
Que desagua em cada alma
Ouvinte de silêncio
De palavra aberta
Aqueles olhos que brilham
Mesmo nos devaneios
Lilases flores
Em vazos quebrados
Uma nova terra para uma nova lua
Doce e pura
Uma voz de aconchego
Que nos chame para firmar
Chega de apelos
Socorros indulgentes
Entre as montanhas que nos abrigam
Uma nova morada
A mesma entrada
Ser bem-vinda
Pois todo que temos são ilusões
Remendos de corações
Construindo altares impuros
Ao desejo do vazio
Afinal o amor
Nem sempre se vê
As vezes ele se esconde
E apenas sussurra
Alguém me ouve?
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