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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dialectos da ternura



Anacleto:

Ainda não escolhi a cor do papel!
Cor de mar, esta bom!
Nem branco nem azul
Apenas cor de mar.

Com seu cheiro
Com seu respirar

Carminda:
Uma vez acreditei, e acabei me perdendo nas entrelinhas. Hoje não falo nas entrelinhas, nem quero lê-las mais

Anacleto:

E normal isso
Com o tempo você domina tudo
Ainda não escolhi a cor do papel!
Cor de mar, esta bom!
Nem branco nem azul
Apenas cor de mar.

Com seu cheiro
Com seu respirar

Ainda não escolhi o que vestir!
Poderei ir despido na cor da terra
Olha em redor para te encontrar

Carminda:

Mesmo despido terás em veste tua pele

Anacleto:

Ainda não escolhi a cor do papel
Mas queria cor de mar
A tinta?
O pincel?
Será escrito em cor de amar


Sem retardar ou retirar
Você já beijou uma boca salgada?
Em lábios de mel?
é essa cor que quero escolher
Te farei o convite
Mal encontre essa cor no papel
Terá sabor a mel
E cheiro de jasmim
Terá luz sem fim
No que resta de mim
No principio de nos
No fim do nosso inicio
E te pedirei mais uma cor de mar
Mais um sonho para sonhar
Junto a você


Dialectos da ternura

2 comentários:

Mariane disse...

Que meigo, vou emprestar um pouco das cores la da minha casa pra colocar neste papel de parede....

A vida é da cor que pintamos ela! Que cor você quer dar a tua vida??

Brincadeira,
falas com sentimento e ternura Marujo das Palavras

SolBarreto disse...

Adorei o final...tem um que de coisa boa, um que de esperança...
"E te pedirei mais uma cor de mar
Mais um sonho para sonhar
Junto a você"