Hoje é dia
Que invade meu peito
De novo uma suave alegria
Que na partilha aceito
E nesse nascer
Onde o sol quer de mim saber
Ele me envia aquele raio
Para a minha alma poder aquecer
E nesse conforto
Me deito na rua
Pode estar suja
Mas nela me sinto vivo
Nem sei mais que sou
Ou serei apenas isso
Anjo caído queria eu
Mas nem tenho como saber
Nesse parapeito
Onde me debruço
E escuto o mundo
Um pequeno soluço
Um passo minúsculo
E radiando chega a noite
Como homem vazio
E com ele
A sombra da lua
Qual mulher nua
Para me arrepender
E escuto com anseio
Esse silêncio da vida
Não contorno mais
Essa rua sem saída
E não conheço a despedida
Que palavra e essa do adeus?
Falta de coragem
Pé no acelerador
Que pisou a embraiagem
Que palavra é essa do adeus?
Tão fria
Tão vazia
Tão esquadria
Tocando corpos meus
Tenho uma mascara em minha face
Entre ser um ser ou me querer de arraste
Não o quero mas também não se afaste
Ter um amigo e sempre o melhor contraste
E que minha palavra ouviu?
E que a mão me deu
E quem minha dor sentiu
Tentando entender meu eu
Não me entrego a facilidade da saída
Na palavra despedida
O amor e de Deus
E como pode falar adeus?
Pode ser sentida
Rasgada
Pisada
Humilhada
Mas será sempre querida
Procuro sempre procurar
Mais tarde me lembrar
E nesse momento brincar
Sorrir se for preciso para me enganar
Se tiver que chorar
Chorarei
Me prantearei mas nunca adeus direi
3 comentários:
Angustia enclausurada que teima rondar e aparecer sem ser convidada
De dor se alimenta, ri e pranteia
Menino, sinto o soluçar da criança agarrada a uma veia de esperança...
Tens bela nobreza, em nao perder-se em um adeus,
Tens bela certeza, que esta vida é apenas tua e dela degusta, da maneira que podes...
Escreve, menino poeta, poeta menino, escreve...
mariane, este menino poeta, numa frase, sabe-a toda.
É poeta, criança e tudo ao mesmo tempo
O que o liberta da vida é o fogaz sentimento.
Belissimo poema jovem filipe
Nunca diremos adeus!
Me conforta não ti ver entregues a um Adeus!
Beijos querido Filipe!
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