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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Eu apenas te espero


São tempos difíceis de manejar
São as sete nações
Que fazem as cabeças rolar
São as noivas prontas no altar

A espera
De um noivo por chegar
Em passos longos
Para diminutas pernas

Cada um sabe
Cada um tem uma história
Por contar
Por escrever

Um amor por viver
Uma batalha para vencer
Uma escarpa para escalar
Um carinho para dar

E tudo são luzes
Que se apagam
Em cada nova caminhada
Entre o céu que me é cinzento
Entre as nuvens do tormento

Quanto a mim
Não tenho tempo para reclamar
Apenas marcho sobre o mar
Enfrentando o que é meu
O que só eu posso enfrentar

Nunca me dou como resignado
Meu beijo ainda é molhado
Meu sopro eterno
Pois hoje entro em solo sagrado

E já alguém falou com Deus?
Já alguém falou de Deus
Da terra prometida
Da terra dividida

O lago e profundo
Nos engole no para sempre
Eu não sou deste mundo
Apenas mantenho este coração quente

E se rolas sobre a besta
Da besta serás
E se te encostas a árvore podre
Fruto podre serás

Tudo são caminhos
Desertos
Que nos levam a lugares distintos
Destinos incertos

Apenas leva teu sorriso
Cultivando o amor
Aquele que e amável
A amabilidade tem sempre forma de o encontrar

Eu apenas caminho lentamente
Eu apenas te espero
Do topo da montanha
Onde o lobo uiva

Eu apenas te espero
No amor infinito
Na morte que não me chega
Na vida que aprendi a viver




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