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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Que o sol abre nas nuvens



No rio que corre
Entre as cortinas
Que o sol abre nas nuvens
Entre meus ramos partidos

Nas folhas que soltei
Ao tempo
Nos sinais que enviei
Esperando quem já não vem

Semeio o trigo
Nos campos do amor
Planto um amanha
Tentando colher o hoje
Sinto essa força estranha
Que me estremece um corpo
Que não é mais meu
Nas luzes
Que clareiam
Entre as margens
Do inicio

Faço paragem no fim
Tocando essas águas
Nem frias nem geladas
E as levo em ameno
Lavando a face

Pintada com tintas do passado
O vento é forte
Para tanto corpo fraco
Derrotando a distancia que me é perto

Pergunto esse nome
Que tanto quero conhecer
Essa dor que me faz viver
E se a resposta não chegar em amor
Vou continuar a voar
Em asas inventadas
Para quem quer sonhar

Que sussurram em cada lugar
Se não vier o nome
Que venha a voz
Quando me estendo nas areias do mar
Sendo tudo belo quando se quer encontrar
Entre as vindimas
Um fim de tarde para amar
Na sombra das árvores cristalinas

Como uma outra manha qualquer
Sem ser cinzenta
No azul dos pássaros a cantar
Eu respiro
Nesse sossego
Cheirando a vida
Abraçando o amor
E é nesse caminho que te convido a viajar
Quanto ao resto apenas deixem o mundo respirar
E o ser humano amar
E todos os dias serão um alegre respirar



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