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sábado, 22 de janeiro de 2011

Promete se me perder



Se bem-vinda
Qualquer chegada
Em primavera
Seja bem-vinda

Se trazes a guitarra na mão
O desflorar do vento
O puto e seu acordeão
Em flor, em paixão

Promete se me perder
Entre o inverno
Que acharas uma forma
Uma forma de me encontrar

Se bem-vinda
Se me procurares
Se ao menos tentares
Se bem-vinda
E não me sejas severa

Se bem-vinda
Se vens em borboleta
Em cores de outra era
Na primavera
Que me espera

Promete se me perder
Pelo Outono
No caiar das folhas
Que não me deixas carente

Se bem-vinda
Eu não sei sofrer
Entre tanto querer, desisti de vencer
Talvez assim me reveja

No reflexo
Que insiste
Mostrar meu rosto
Em cada estação
Nos anos vagarosos
Em felicidade
Galopantes na dor

Se bem-vinda
Em teu amor
Não me perguntes pela dor
Que se tornou
Igual a outras tantas sensações

Apenas me promete
Se me perder
Por um caminho qualquer
Me tentas encontrar
ou  apenas
Escreve uma carta
Para me avisar

Agora apenas se bem-vinda
E fica o tempo que quiseres ficar

2 comentários:

Anónimo disse...

Eitaaaa poeta que nos encanta sempre com suas belas poesias!!!

Beijocas em seu coração Filipe e um maravilhoso sábado para você!!

*verinha*

Mariane disse...

Promete se me perder,
em borboletas ver o meu olhar
nas folhas que deixam cair o acarinhar dos beijos meus
Se me prometer não me perder
nem deixar perder-me de ti
Se me perder, promete me buscar
Perder-se me promete resgatar
Em turvos caminhos
Ventos e estações
Cartas e carinhos
E guitarra nas mãos
Promete nunca me perder...

(Aproveitei palavras tuas e enveredei pelos mares dos sentidos, deis asas as palavras que queriam fazer morada em versos apaixonados. Pura divagação)