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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E de todas as palavras que já falei ou escrevi

Por momentos deixei de ser
Leve ou pesado
Deixei de ver, existir
Por momentos fiquei saturado

Me deixei levar pela corrente
Para um lugar que nem sei
Onde o que me espera e incógnito
Deixo ficar tudo que amei
Largo tudo que sei
E me liberto de ideias predefinidas
Abrindo a mente a novas visões
Tudo falha, nada tem resultado
Neste mar de incertezas
Sou agora capitão abandonado
Sem homens para içar as velas
Sou barco sem remos
Mê deslocando pelas águas do destino
Já me chega de lamentos
De quem desiste a primeira tempestade
De quem não sabe amar
Lamentos egoístas de quem
Perdura parado
Esperando que tudo seja oferenda
São belas as palavras da vida
Quando partilhadas
São dignificantes os caminhos
Quando dá-mos amor
São actos de inteligência
Quando espalhamos nossos sentimentos
Em cada passagem
São actos de coragem
Quando marcamos vidas
E nelas somos lembrados

Estou farto de desistentes
Que encontraram no lamento
Seu auto perdão
Estou farto de quem fala
Sem saber escutar
Quem ama sabe amar
Quem diz amar, nada sabe
E preciso sentir
Principalmente agir
Ate contra nos próprios
Cada degrau que subo por entre o deserto
É doloroso, me queima o corpo
Até ao final do dia
Em que a noite chega como amor
E me traz a água que sacia a sede
Em que o vento me traz tua voz
Me dando confiança
Em que a lua me traz teu rosto
Me dizendo não estas sozinho
Em que tu me abraças e me tornas Teu
No teu leito, no teu simples amar
E eu volto de novo
Me erguendo em ti
Nascendo de novo para te olhar
Sabendo que sem ti em mim, nada pode existir, mesmo que não seja o fim
E de todas as palavras que já falei ou escrevi
Me escapou uma
Não quererei saber como será te perder
Não quererei nunca saber como será sem ti viver
Por isso farei questão de te amar a cada segundo, a cada minuto
Por isso farei questão que saibas que és tudo que de importante tenho para amar
E com essa certeza de ti irei sempre cuidar




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