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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

memória


Na verdade essa voz que oiço
Do longe que não vem
O silencio que me acerca
Em muralhas pelo medo
Eu me espelho ao mundo
De peito aberto
Em cada vez que pensei que seria feliz e não fui
Em cada plano que planeei e fracassou
Em cada caminho que extingui
Na verdade deixei de procurar
Para me deixar ser encontrado
Deixei essa voz falar
Deixei de ficar calado
Resto eu no silêncio que a recordação me traz
Recolhendo as cinzas do passado
Entre as nuvens carregadas de intempéries
Quando me torno esquecimento
Mesmo lembrado
Onde tu permaneces sem mim
Numa morada incerta
Um sinal de memória em memória
Num mundo desgastado pelo homem
Quem reserva quem?
Para a ceia final
E a memória ainda é recente
Assim como a vida é curta
Para tanto amor
A mentira é a mesma
Na verdade em jazigo
Com serenidade
Te digo, tenho a esperança ainda viva
No sopro que em mim reside
No sangue que corre em minhas veias
Que até ao fins dos tempos te vou amar
Na esperança que em mim vive





2 comentários:

Cria disse...

Um texto de rara beleza, amigo poeta !!

Mariane disse...

Marujo, a esperança move a vida.
Os sonhos são o alimento que impulsionam ao amanhã de cada dia.

Lindo texto, como todos os outros.

Passo aqui pra desejar um otimo final de semana e lindos sonhos

Abraços da Mari