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quinta-feira, 5 de maio de 2011

E no silêncio escuto

Estou na lama
Pelo vazio que me acompanha
Na rotura com a conjuntura
Nego o medo que em mim
 Se transforma
Numa sombra que se derrama
Vagueando pelo noite em nascimento
Ressurjo do nada
Acompanhado pelo movimento
Sem me arrepender de trair o mundo
Não me escondo
Nem fujo
Pelos pântanos da vida
Nem recorro a sábios
De textos decorados
Ou mágicos incógnitos
Tatuando agora marcas
Para o passado
Construo o futuro pelo telhado
Em teias montadas em pontes ressurgindo
No caminho que me esfola os pés
E sem relógios
Destruo o tempo
Dos dias sem fim
Pulando de noite em noite
Procurando o amor perdido
Pelas montanhas da paixão
E no silêncio escuto
A voz da esperança
Que me nega
Acordando minha alma
Em vida


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