Seguidores

sexta-feira, 22 de março de 2013

o noivo




Chegas de branco trazendo na mão uma lamparina apagada
Tendo o noivo a mesma condição, ele aguarda tua decisão
As folhas se erguem de novo colorindo a solidão
Os ramos se tornam fortes pela mão da brisa
Ardente, ardente se torna esse coração
No desejo que aumenta de justiça
Cócegas nos ouvidos
Que nos fazem sorrir
Ajam, tempos cruéis!
Em asas fortes para os agarrar
Ai de mim se me insurgir contra um sonho
E me deixar na parca esperança
Migrando, Migra ave sem destino
Pelo caudal da jactância
Em breve ressurgiremos
Pelas águas afundando a dor
Eu me insurjo contra o desalento
Levanto a voz em uma só
Sentindo o peso do universo
Se ao menos tivesse o poder
Te reteria em meu peito
Não saberias sofrer
Nem viver ao relento
Seria noivo de todas as noivas
Salvando o que resta
Te ergueria em vida
E deixaria ela espantar a morte
Em medo ela fugiria
Não mais esses olhos
Uma lágrima verteria
E o céu seria colorido
Mas na minha pequenez
Tremo sem saber
Como te poder aliviar
E o rio corre na vida
Ao encontro do mar
Brotando trepadeiras brutas
O mundo resguarda teu coração
E espera pelo noivo
Deixando o sonho sua voz entoar

Sem comentários: