Maquina barulhenta esta que trago em meu peito
que me bombeia o corpo, que me enche de paixão e loucura sedenta de
poder voar sem asas e planar sobre a alma, trepar o espirito enquanto
toco o céu e sem ninguém saber agarro uma estrela, carregando para mim
numa tentativa de clarear o amor onde todas as outras já falharam eu me
torno velejador entre as nuvens com ajuda do vento percorro cada telhado
cada porta entro, no cheiro do verniz por pintar atiro as cores para
colorir ao ar, não é um nobre deitar mas é tão bom sonhar poder viajar
ser Rei de um reino qualquer sem pretensão de dominar qualquer rainha
que cresce em flor ser o jovem vendedor de jornais ser o canto de mil
pardais
Numa arvore pousar, alto o mundo avistar correr sem parar
na terra pular de nuvem em nuvem de mar em mar assistir da lua o
amanhecer poder entregar e dar memorias frescas castanhas em tardes de
inverno acabadas de cozer livro em branco é um livro sem escrever que
oculta as letras la sonhadas até alguém as escrever com coração nos
dando uma nova razão para não ter medo de sofrer.
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