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quarta-feira, 10 de abril de 2013

jovem vendedor

Maquina barulhenta esta que trago em meu peito que me bombeia o corpo, que me enche de paixão e loucura sedenta de poder voar sem asas e planar sobre a alma, trepar o espirito enquanto toco o céu e sem ninguém saber agarro uma estrela, carregando para mim numa tentativa de clarear o amor onde todas as outras já falharam eu me torno velejador entre as nuvens com ajuda do vento percorro cada telhado cada porta entro, no cheiro do verniz por pintar atiro as cores para colorir ao ar, não é um nobre deitar mas é tão bom sonhar poder viajar ser Rei de um reino qualquer sem pretensão de dominar qualquer rainha que cresce em flor ser o jovem vendedor de jornais ser o canto de mil pardais
Numa arvore pousar, alto o mundo avistar correr sem parar na terra pular de nuvem em nuvem de mar em mar assistir da lua o amanhecer poder entregar e dar memorias frescas castanhas em tardes de inverno acabadas de cozer livro em branco é um livro sem escrever que oculta as letras la sonhadas até alguém as escrever com coração nos dando uma nova razão para não ter medo de sofrer.

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