O fogo arde na cidade da minha dor
Entre este solo poeirento
Na ladeira os dias terminam
Entre braços cansados do amor
Sem sorte ou despeito
Não deixarei ver meu coração sofrido
Chorarei entre a chuva onde não serei suspeito
E meu coração talvez seja aquecido
Não serei o homem magoado
Na tradução negada
O quadro rasgado
Não serei a lenha queimada
Talvez não tenha sido eu
Sem forças que insurgiram
Entre o pular do tempo
Sobre a varanda acenando
Não consegue vê-los?
Se insurgirem entre meu peito
Enquanto eu choro entre a chuva
Na varanda vagueando
Na areia escrevem meu grito
Caixa que me fecha no silêncio
Numa carta aflito
Escrevo o vazio do imenso
E escuto; Escuto
As portas a bater
Sem elas mesmo se terem aberto
Tomando o comando sobre minhas pernas
Sobre a longa estrada sem saber
O que encontrar neste hoje incerto
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