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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Aos ouvidos Dos surdos

São mais seguras as escuras ruas da cidade
Do que essa solidão que se estende
Por de trás das portas de um quarto

Se a porta não abre
Nesta escuridão atroz
Vais nascer
Num mundo ao contrário

Se a voz não se soltar
Vais lembrar
De olhar de frente a morte
Dos que sem sorte arriscam viver

Vais lançar as forcas
Silenciado
Por gritos mudos
Aos ouvidos Dos surdos

Vais perder as forças
E desejar morrer
Em vida
Para voltar a nascer
Com outro mundo no olhar

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