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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vampiros carnudos

Eu nasci com a forca na garganta
E quase morri por falta de esperança
E o corpo sangra no que senti
Neste País da tanga foi o que vi

Que ladra sem açaime
Mordendo sem crime
O crime que nos mata
Na ordem que o tolo acata

Sentidos desnudos
Vampiros carnudos
De aviões de papel
Lapidando cada osso
Pela força de um cinzel

Eu nasci em divida
Sem pai nem mãe
Numa pátria oprimida
De general sem quartel

Eu não assumo
Nem aceito nada
De uma vela não içada
Nesta bandeira que já não é lembrada

Eu nasci surdo
Mudo, carrancudo
Com tudo
Com nada
Em um mundo que é uma arma
Para tirar a carne até a própria ossada

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