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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

De um dia banal

Vagueio pela eira
De um dia normal
Já ninguém me fala
Na minha seca videira

Serei eu a rua
Na morada crua
Ou serei o mar
A sonhar com o luar

Deixarei eu me despir
Pela geada
Enquanto posso Sentir
A pele gelada

De um aconchego
Sem relevo
Pois a noite não tem fim
Enquanto espero o nascer do sol

Não posso voar
Neste céu fechado
Não quero chorar
E te deixar

Não quero morrer
Nem tão pouco viver
Sem saber
O que o homem
Anda por aqui a fazer

Vagueio a ternura
Uma espécie de loucura
Que se esvazia
Na amargura da solidão

Sou eu sem eira nem beira
Construindo um caminho
Acendendo a lareira
Do meu próprio destino

Enquanto me falo
Rasgando pais uma página
De um simples jornal
Que trás mais um dia de loucuras
De um dia banal

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