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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Devoluto

Invisíveis são os sonhos ocultos
Os sábios lhes chamam de tontos
Sem os poder tocar

Surge o mar
Amanhece um olhar
Uma palavra por escutar

Invisíveis são os sentimentos
A verdade que nada mais
Que uma mentira

Surge a vontade
De amar
A saudade

De agarrar
Um abraço
Por abraçar

Surge a vontade
De ainda em vida
Nesse momento parar

Um sentido desconhecido
De um jazigo
Jamais vencido
Invisíveis são as vozes
Em calamidade artroses
Acumulando pesos desnecessários
Que nos mantem presos

Numa vida invisível
Aos olhos do irremediável
Ao carismático
Poder do oculto

Devoluto
Jaz defunto
Sem palavra altiva

Que grita viva
O vazio
De uma solidão
Que nos aproxima

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