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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Em qualquer corpo morrer

Por uma só vez
Peço que me detenham o meu passamento
Que me deixem
Dormir no rio ao relento

Que me deixem ir pela corrente
E que ganhe minhas próprias cicatrizes
No meu corpo poluído
Que meu espirito não se de por vencido

Que deixem cair sobre mim a chuva
Gosto dela bem forte
Acaridando meu cabelo
Molhando minha alma
´
Não me dêem abraços
Estou farto!
De abraços sem sentido
De beijos secos
Onde só o veneno faz sentido

Não quero cadeiras para me sentar
Não queira minha alma qualquer tipo de assento
Apenas me deixem ficar de pé
E apreciar o céu por um único momento

Por uma só vez não me falem da morte
Estou vivo!!!!
Deixai-me viver
E quando chegar hora
Então pensarei o que significa morrer

Não me tentem secar as lagrimas
Traiçoeiramente
Pois eles me dizem que estou vivo
E me fazem viver

Apenas me ditem os silêncios
Que só os verdadeiros podem entender
Apenas me dêem os momentos simples
E não me tentem fazer nada saber

Apenas por um momento
Deixai-me ser o que minha alma
Abraçar para seu próprio alento
E depois descansadamente
Posso deixar meu corpo
Em qualquer corpo morrer

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