Seguidores

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Como poeta

Não posso negar que as vozes do silêncio se tornaram estridentes
Em meu corpo já sem corpo
Jogasse o diabo ao meu conforto
Numa tentativa de me tirar o sopro
Na alma que me verte a lagrima
Do que ainda resta da vida
Do que ainda resta dos silêncios
Imprudentes e sufocantes
Erguendo vendavais
Em dias que já não amanhecem
Deste tempo vivente
Que apenas traz a morte vivamente
Escrevo o fado nesta alma emprestada
Escutando o choro
Que se liberta em minha face
A cada dia que me acordam
Do meu sonho, meu poema
Sem me perguntarem se quero voltar acordar
Como poeta ou apenas como humano em linha recta

Sem comentários: