Seguidores

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Os ossos que se quebram

Tudo é sem cor
Quando ninguém nos agarra
Tudo é sem sabor
Quando ninguém ama

Quem chama teu, esse nome
Que a alma tanto quer ouvir
Quem te culpa por ser podre
Afinal estamos a sentir

A pele que se estica
Os ossos que se quebram
O coração que se emancipa
O corpo que te nega

Tudo é tristeza
Quando ninguém nos sorri
Tudo é incerteza
Quando o sol não brilha em ti

Entre tantos invernos
O gélido calor da saudade
Dos loucos internos
De cada vontade

E a chegada das aves
Em pleno verão de emoção
No tacto das afinidades
Bate, bate, bate forte esse teu
Esse meu coração

Na alegria que não chega para assentar
Mas momentaneamente nos eleva para outro lugar
Onde podemos cantar e voar
Numa dança pular
E sonhar, sonhar
Que aqui ou em qualquer lugar
O ser humano se une para a alegria jubilar

Sem comentários: