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domingo, 24 de novembro de 2013

Eu sou jovem tu és jovem?

Eu sou jovem tu és jovem?

Vivemos no pais dos jovens, és jovem para ter médico de família, és jovem para construir uma família, és jovem para ter um emprego, és jovem! Não queiras as preocupações dos adultos, és jovem! Meus caros pensadores, meus caros políticos, eu sou jovem o raio que vos parta, cada dia que passa a juventude passa com ela, não tenho futuro nem horizonte, não tenho trabalho nem médico de família não tenho pensão nem rendimento mínimo! Sou jovem o raio que vos parta, tinha 15 anos quando comecei a trabalhar e 30 quando perdi o emprego. Meus senhores, tenho 15 anos de descontos e vós me dizeis sois jovens, meu pai como muitos pais veio do interior trabalhar com 8 anos e vocês não os chamavam de jovens, eram os adultos a força, crianças que já nasciam adultas! E vós lhes tirastes o peso? Não! Então não nos chameis de jovens, nós queremos responsabilidades queremos pagar nossas despesas ser mães ser pais, ter família sem depender de nossos pais, que vós senhores os tornastes adultos a força! Parai de nos iludir a chamar jovens pois já não o somos e sabemos que por culpa de vós que nunca tiveram que trabalhar não temos futuro! É que os jovens em Portugal Têm entre 30 e 40 anos e de jovens nada têm!

Filipe Assunção

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um dia frio

O dia domina E sem ti não vivo A noite me encanta Mesmo com as vozes de quem pranta

O dia frio, o cheiro do vazio O pensamento em ti No que resta de mim No dia frio, triste sem o amor amigo

O ar o olhar Sem ter o que respirar Tudo nasce menos belo Cinzento sem azul Preto sem amarelo

Sem cores Para enfeitar os amores Sem amores Para enfeitar as cores

Dia sentido E no frio que me abrigo Dia vencido Que me traz a noite na historia de um livro

E tudo se ilumina Na luz do que é belo Teu corpo me domina Em cada afago em teu cabelo

E tudo acalma meu mar Como um farol que nunca me vai deixar No dia perdido Nas ondas da solidão

Que me afasta do…Dia

O dia frio, o cheiro do vazio O pensamento em ti No que resta de mim No dia frio, triste sem o amor amigo

No silencio Nascem as mais belas palavras No silencio Se soltam dores ancoradas

Se soltam amarras Paixões desbravadas Desertos escaldantes E faces cintilantes

Olhos sem face No silêncio também dormem Também criam sonhos E as mais belas historias de encantar

No silêncio se escuta O mais belo bailar Nas carícias que a ondas Oferecem ao mar

No silêncio se agarra o sol a raiar Se assiste a mais pura criança a brincar No silêncio se cresce Para mais tarde recordar

No silencio Se aprende a chorar Mas também se aprende Amar

No silencio Escutamos a alma De todos que nos querem falar Das coisas da vida

Da pureza do branco Do beijo húmido repetido As vezes por dar No abraço prometido

No silêncio crescem raízes Nascem as mais belas flores E todos os sorrisos Que no silencio Deixam nosso interior Com todos os sentidos despertos para tudo amar!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Oh vida louca

Prefiro a espada do crime
Do que a bala da justiça
Prefiro o olhar carente
Do que o olhar sorridente
Louca vida, vida louca
Quem me leva
Sabendo que ninguém te pode levar
Me levas tu….Oh vida louca

Malandragem da tua parte
Quando ainda sou garoto
Sem armas ou estarolas
Rezando ao vazio no meio do frio

Todo o mundo quer coragem
Todos querem vantagem
Uma linha vazia de passagem
Para a longa viagem

Então abraça-me
Dizendo que já estamos longe do escuro
Que já derrubamos o muro
Que já cortamos a vida que nos enlaça

Diz me agora que é mel
Cetim, uma boneca de papel
Diz-me que é céu
Que é noite nas estrelas

Louca vida, vida louca
Quem me leva
Sabendo que ninguém te pode levar
Me levas tu….Oh vida louca

E deixa o ciúme com amor chegar
Ficar juntos num breve olhar
Para la do próprio luar
Entre o coração que muda de lugar

Fazendo caretas
Menino correndo
Riacho que não acho
Quero lá eu te ver
Te ver amor sofrendo

Agora diz-me louca vida
Altura certa
Para queimar ao sol
A música que se solta no ar

Diz-me que e paixão
No desejo de te agarrar
Diz-me que é tua sedução
Uma força estranha
Que te quer amar

Ah…Vida louca
Louca vida
Diz-me, diz-me
Para que em ti possa acreditar
E mesmo sem asas
Em teu universo voar

Quem me espera?

Estava tudo indo de volta
Num futuro que nada precisa ter
Simples, importante
De quem tira suas mãos de si

Estava o nada acontecer
Quando em vão
Estava tudo acontecer
Na palma da minha mão

Ficar parado
Sem ser para querer
Ficar parado
Será que alguém nos vai defender?

Eu estou de lado
Em algum tempo que passou
Estou sem tempo
No tempo do mundo

Egoísmo selvagem
Em forma de amor
Ultraje natural
Numa tempestade de cor

De olhos
De braços
E pernas tortas
Distantes de tudo

Tudo esta escondido
Tudo que foi prometido
Já foi esquecido
O paraíso desconhecido

A alma serve para escutar
O pensamento para mudar
Como as pernas para andar
Até de cabeça no ar

Quem me espera?
E se deita agora em meu lugar
Onde esta a quem me entreguei
E lhe dei a pura forma de amar
Quem esta doente neste mundo doente?
Quem na loucura se sente
E tenta regressar a si
Sem nunca se ter encontrado

Sede de sentir tudo
Que ainda não senti
Voltar a viver o que já vivi
Abrigado pela mais velha tribo

De descobertas e historias
Que não entendo
A não ser do fim
Para o inicio

Que me enterrem agora!

Tenho procurado a flor de pétala caída
O corpo despido
Que na nudez nasce pela manha
Rasgando o ventre de sua mãe

No primeiro suspiro
No primeiro choro
O abraço quente e terno
De uma alma que regressa a casa

Sem qualquer bagagem
Sem qualquer pertence
Onde o universo
É uma pequena caixa pintada por sonhos
Guardando todas as cores do arco-íris

Que me enterrem agora!
Afinal a vida é um enterro
Um lugar desconhecido
De uma passagem incerta

Na certeza que apenas se encontra
A morte em cada olhar
As lágrimas intemporais
Os sorrisos guardados

Entre corpos despidos
Pela dor e angustia
Numa manha deserta
Onde o corpo apenas se eleva
Contra o sonho dentro do próprio sonho
Após uma noite mal dormida

Me permitindo agarrar a flor
Mas nunca a pétala que perdida
Cai e cai
A cada dia que passa

A vida apos vida

Será que tu dono do mundo
Me poderás vender um sorriso
Importar um abrigo
Onde meu corpo possa descansar

Será que o homem que vendeu o mundo
Tem em suas noites os fantasmas
Que lhe assombra a alma
A cada minuto

Será que o amor também se vendeu
Por umas dracmas quaisquer
Ou apenas se escondeu
Com medo de se extinguir

Eu te seguiria se fosse na justiça
Como o primeiro dos primeiros amores
Te procuraria se assim
Quisesses ser encontrado

Guardaria a dose de veneno
A mim destinada
Para um amanha incerto
Olharia longinquamente a alma insatisfeita

E cada lagrima seria apenas
Uma pequena comporta aberta
Libertando o sangue derramado
Em minha alma

Mas como este mundo
É de deuses e anjos
Santos e demónios
Ocultos na sua infâmia

Mas como este mundo
É de magos e feiticeiros
De ninfas e lampiões apagados
Eu me escondo

Dizendo que não é medo
Que apenas sou argucioso
Nas mais bela das mentiras

E me questiono
Será que quero viver?
A vida apos vida
E solto o meu último sorriso
Comprado com uma dracma qualquer

Era a saudade

Era mais um inverno
Frio sombrio
Entre o amor que chega
E a folha que cai

Era mais um beijo por dar
Numa manha qualquer
Era mais uma vida perdida
Na dor do ser que não tem ser

Era mais um olhar a janela
E uma lágrima que decai atrás dela
Era mais um grito em silêncio
Mais um juízo final

Era mais um corpo despido
Na saudade que não quer ressuscitar
Era a cama mal feita
E o suor do sol a raiar

Pessoa lá fora
Vestida na nudez humana
Animais que latem
A fome da solidão

Era o carteiro trazendo a carta perdida
E o sentimento errado
No barco perdido
Na ancora içada

Era a saudade do amor perdido
Do corpo cansado
De esperar a paixão
Que não chega com o luar

Era o vento que falava
O coração que parava
No ar que não se respirava
Era o cheiro do início
Num fim sem sentido

Era a vizinha que gritada
Da varanda mal-humorada
Meu amor, meu amor
Porque a vida nos trama!

Era eu ouvindo tudo
Já sem pijama
Esperando também
Alguém que no amor
Me acenda a chama

No vazio de não saber

Algo foi feito em mim
Que me faz chapinar na lama
Algo maravilhoso em ti

No silêncio voltas para mim
Presa e tença
Me olhas sem fim

Tenho os pés gelados
E estou tão cansado
Talvez eu queira voltar
Talvez eu volte

Ao topo das montanhas
Do silêncio teu
Quando voltas para mim
Presa e tença

Por um dedo falido
Uma arguida
Em um tribunal humano
Na injustiça desumana

O amor ao contrário
No ódio solidário
O beijo da morte
A mulher da pouca sorte
No obituário
Da vida apos vida
Sem ser sentida
Gritam altiva, altivam
Os rolos os escritos
Profundos numa neblina
De escarpas inexistentes

Passos e mais passos
Acções e mais acções
No vazio de não saber
Se o amanha será o amanha que queremos

Cai uma pena
Com pena de sua sujidade
Madura incompreendida
Pela noite atribulada de tão serena

E o amor se esbanja
No vazio
Na futilidade
De ser o que não se pode ser

No querer que não tem
Qualquer poder
Na giesta de meus lábios
Sempre que aqui te quiseram beijar
Na vida apos vida!

Hoje fara chuva

O sol tanto nasce para justos
Como para injustos
Na injustiça
De não prestar atenção aos sinais

Ocultas vontades
Em anarquia total
De sangrar um só
Um só desejo vital

Sombras e mais sombras
Utopias e razões
Quem as quer
Que as viva

Pois até os cegos
Conhecem melhor
As cores do arco iris
E os sinais do corpo

Hoje fara chuva
Amanha fara sol
Hoje serei arrogante
Amanha serei estupidamente arrogante

Como a vida me fez?
Ou não saberei eu mais?

Na mudança que causa danos
Terei eu coragem de mudar?

Afinal o fado estava enganado
Pois a morte não é pecado
Pecado é o homem sentado
A espera do que lhe é amado