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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A vida apos vida

Será que tu dono do mundo
Me poderás vender um sorriso
Importar um abrigo
Onde meu corpo possa descansar

Será que o homem que vendeu o mundo
Tem em suas noites os fantasmas
Que lhe assombra a alma
A cada minuto

Será que o amor também se vendeu
Por umas dracmas quaisquer
Ou apenas se escondeu
Com medo de se extinguir

Eu te seguiria se fosse na justiça
Como o primeiro dos primeiros amores
Te procuraria se assim
Quisesses ser encontrado

Guardaria a dose de veneno
A mim destinada
Para um amanha incerto
Olharia longinquamente a alma insatisfeita

E cada lagrima seria apenas
Uma pequena comporta aberta
Libertando o sangue derramado
Em minha alma

Mas como este mundo
É de deuses e anjos
Santos e demónios
Ocultos na sua infâmia

Mas como este mundo
É de magos e feiticeiros
De ninfas e lampiões apagados
Eu me escondo

Dizendo que não é medo
Que apenas sou argucioso
Nas mais bela das mentiras

E me questiono
Será que quero viver?
A vida apos vida
E solto o meu último sorriso
Comprado com uma dracma qualquer

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