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sábado, 3 de julho de 2010

Mulher do Rio Deusa da terra

entre as profundezas
dessa alma que se segura
que se agarra a outra margem
em sua face esbelta
não a destino sem encontro
não a luta
sem sangue vencido
dorme entre o tempo perdido
talvez algo chegue na madrugado
e tudo que souber na noite escura
será para ti
 te gritarei das alturas
em sonho e cantigas de assombrar
entre poemas já escritos
nos livros do vazio
dorme entre a noite e a neblina
 teu tempo chegara
neste mundo de incertezas
nesta imensidão da vida
na dor que sucumbira
e as palavras estão soltas
para quem as quiser escutar
mulher do rio
quem és por traz
de teu vestido
porque te afundas em teu mar
porque suspiras pelo passado
serás tu dor em si
ingrata de sedução
uma promessa por cumprir
andando  descalça em minhas águas
tomando minha alma de assalto
meu corpo como refugio
tu que proclamas boas novas
em eras antigas
criatura do dia sem fim
da noite que nunca acabou
na corrente que me espera
ancorada ao meu semelhante
mulher do rio
como será teu nome
tua face de luz
teu segredos
escondidos
de terra em terra
de céu em céu
de sonho em sonho
serás amor em forma de dor
desejo em forma de paixão
e de pranto
serás o fruto proibido
pecado original
ou serás o acordar de uma nova era
entre os fogos que a terra abraçou
trazendo a paixão dos loucos
tranportando o pergaminho do amor
essa arte sagrada
antiga e perdida
traz essa luz
que abala a escuridão
que renega a cruz
e sua falsa religião
traz teu Deus pagão.
mulher do rio deusa da terra.

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