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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Chamando-me para casa

Chama-me para casa
Nesta noite escura
Chama-me qual mar abandonado
Entre as ondas dessa voz
Continua caminhando
Como a noiva que perdeu o envergado
E no entanto sempre esteve lá
Não perguntes porque
Porque a vozes que só o silencio percebe
Eu sempre estive no mesmo lugar
De orbe em orbe
Criando esperança
Chama-me para meu refúgio
Nessa voz calada
Vem pelas colinas
Dorme com o vento
Repara nas árvores
Com seus ramos vastos
Com seus cortes intensos
Sucedido a todas intempéries
Sem nunca cair
Porque não és como uma árvore
Sempre de pé
Mesmo que alguns ramos tenham partido
Entre os cortes que o tempo fez
Experimenta um novo olhar
Um novo beijo
Porque o sol vai sempre brilhar pela manha
E será sempre mais um grande dia
Chama-me atravessando o rio do medo
Move cada pedra pelo caminho
Para mais tarde construir uma morada
E se uns gritam liberdade
Outros gritam destruição
Mas não a reis no deserto
E ate ele mesmo abraçado pelo sol
E aconchegado pela lua
Chora de solidão
E se as muralhas forem altas
Torna-te ainda mais alta
Chamando-me para casa
Para uma nova luz.

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