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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

o orgasmo do século

Esta noite
O céu me cobre
Entrando em minha alma
 Anjo que desconheço
Que me diz
Não tenhas medo!

 Tenho estado sentado
Vendo o sonho passar
Sonhado que vivo uma vida
Tentando te tirar da mente

E o dia se torna a noite
Noite de assobio
Claridade no vazio
No caminho que me é sombrio

Sem respostas, faço perguntas?
As estrelas
Aos barcos ancorados
Nos céus estrelados

E beijo a dor
Como quem beija a vida
Toco o topo
Ajoelhado ao chão

Libertando o peso de existir
No pecado que comigo trago
Eis! O anjo que em mim desce
Que me toca o coração
Que me estende sua mão
Me tornando novamente cidadão
De um mundo sem razão
O mundo sem perdão

E a lama cobre o meu corpo caído
 Terra que me da novo fôlego
Uma nova vontade de respirar
 Amor plantado lá bem no fundo enraizado

Objectivo?
Qual objectivo?
Quando se ama apenas se ama
E tudo flui como a própria natureza

Tudo cresce a seu tempo
Ao seu momento
Ao segundo do toque

E eis o orgasmo do século
O orgasmo eterno da vida
A entrada e a saída
A luz que se reflecte
A luz que te aquece
O amor que nunca esquece
Quem por ele já passou
Quem por ele já partilhou

Mar que te acalma
Que te segura
Que te apela a alma

Alma que se esconde
Que não luta
Mas escuta
O sofrimento
Que chora a demora
De uma nova glória
Onde quem reinar
Terá primeiro
Que saber amar

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