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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

o único eterno vencedor




Encosto essas lágrimas
Em meus lábios
Bebendo um pouco da dor
São eternas certas palavras
Que já saíram
De uma boca que já partiu

Uma espécie de momento perfeito
Um encontro
Em que o desencontro
Se estende a tudo que não é visível

Saído do nada
Essa calma
Que não chega
Em recordação

Destemida como o mar
Procura sempre uma saída
Uma razão
Para cantar um adeus
Em contra mão

Por capricho ou sedução
Muitas vezes
Esta e aquela
Ou apenas uma vida
Nos deixa sem razão
Nos tira a sensação

Sem sentir como se pode viver?
Sem coração?
Como se pode amar!
E todos querem apenas saber
Sem procurar

Os olhos que já cegaram
Os corpos que em vida se enterraram
Na amargura
Nesta vida de loucura

Posso perdurar parado
Compor calado
Entrar no mar sem ficar molhado
E em mim serei só um pequeno bocado

A um universo inteiro por explorar
No mundo avançado
Que nem a morte consegue explicar
Como poderá então o amor se explicar
ensinar a vida sentida

Cada memoria uma esperança
Cada lembrança, um objectivo
Que nos traz um sentido
Uma direcção
De ganhar asas e voar

E eu já nem sei quem sou
O que faço aqui
Fugindo da coragem
De aqui ficar

Tenho me esquecido
De a alma alimentar
De minhas flores regar
No jardim que morre lentamente ao sol
Sem a chuva o cultivar

E se amor perdura
É porque é o único eterno vencedor
 O único verdadeiro
Que nos chama a razão quando queremos apenas terminar
Sim o amor o único e grande vencedor!!!







9 comentários:

Guaraciaba Perides disse...

A poesia é a salvação...para cada poeta que envelhece outro mais jovem aparece e a alma do mundo permanece...E isto é muito bom!

Fernanda M. Mesquita disse...

Apenas o amor pode vencer, o que por momentos possamos sentir que e' invencivel. esse eterno e verdadeiro sentimento, que contorna e vence dolorosos momentos... mas quando parte, quanta dor... ate' que regresse. por vezes nao entendo como o amor nos pode alimentar mas tambem destruir... que contradicao, este meu comentario, mas e' assim que sinto

Filipe Assunção disse...

Guaraciaba,que seria do novo sem o experiente(velho é o corpo a alma nunca)

muito obrigado pelo seu carinho,

Filipe Assunção

Filipe Assunção disse...

Fernanda,

não acho contraditorio seu comentario,mas repare a mais sentimentos alem do amor,e todos eles parecem ter o mesmo objectivo calar o amor.
não é o amor que destroi mas sim a dor e não é o amor que causa dor mas sim outros sentimentos.

obrigado por me acompanhar nesta caminhada.

cumprimentos,

Filipe Assunção

Crista disse...

Agora sei porque o mundo é tão belo...porque tu encanyas quem te lê!
Estou te seguindo!Fica feliz,pois só sigo quem eu verdadeiramente admiro!

SolBarreto disse...

Como sempre Filipe, lindas palavras que encantam e comovem a quem lê.
Tenho andado meio ausente, mas tenho por você um carinho enorme e te admiro muito, entao la vai mais um selinho qiue é a forma que tenho pra demostrar minha admiração
http://palavraspelocaminho.blogspot.com/2011/01/selinho.html
Amei!!
"Encosto essas lágrimas
Em meus lábios
Bebendo um pouco da dor
São eternas certas palavras
Que já saíram
De uma boca que já partiu"

Marinha disse...

Belo texto, Filipe!
É... afinal o amor é o único vencedor!
Bjo

Amélia Ribeiro disse...

Olá Filipe,

descobri um poeta na minha cidade...
Gostei dos teus versos.

J. disse...

Oi Filipe!
Muito bons seus textos (sensíveis e profundos) e quando vi que é de Porto, fiquei contente. Estive em Portugal novembro passado e passei por Faro, Lisboa e sua cidade também.
do Brasil te mando um abraço