Sombria vai a noite
Num sorriso espontâneo
Quem se segue
No patamar dessa casa vazia
Como espelho reflecte
A imensidão da alma perdida
Ansiosa por se encontrar
Num regresso a si
Vagarosa entre nos
Verrinosa aos demais
Os olhos se abrem
Como o sol que silenciosamente engole o mar
A cada por do sol
Antecipando um novo amanha
Sendo ele igual aos demais
No solo rijo de argila e betão
Teimando em nada alterar
O sopro vem só
Ao respirar de cada passagem
E tudo nasce
No sufoco de um suspiro
E a noite se torna dia
E o por do sol se torna nascer do sol
E o sol se torna lua
E o sopro se torna asfixia
Nós nos mantemos iguais
Inabaláveis no ridículo
1 comentário:
Parabéns pelo Dia do Poeta. Não deixe a poesia morrer em ti. Beijos!
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