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sábado, 16 de março de 2013

Afinal tu me reconheces






Troquei cada lamparina em meu caminho, saltei de nuvem em nuvem em requiem, qual noivo que espera sua noiva! Esperei, esperei espelhando cada momento numa aurora sem fim, tranquilizei cada apelo, soltei-me em um ou outro grito. Fui chamado de louco insano por viajar sem mapa em bússola desfeita, quanto mais esquecido era mais a cortina fechava, branca era branca me iludindo de esperança que entre ela estarias tu desnuda aos meu apelos, em cada segredo que te revelei, te trago o amanhecer em forma de sorriso, nada ou menos entre tudo posso dar, a lua se ergue, lamentavelmente ela não é minha, seria até injustiça eu para ti a agarrar. Afinal tu me reconheces crescendo em flor, levantas teus braços e te ergues em mim, distinta, carente ausente por um tempo de grande tribulação, entoas as trompas do amor, eu te regozijo sim! Em cada toque, abraçando o que de nós ficou, e se cresceu com este tempo húmido, qual borboleta que se aproxima de mim e me conforta no flagelo me dizendo baixinho, tu és o sopro de mim eu sou o quem te vive e constrói as pontes de nossa consolidação. O sopro nunca chega só e te prometo! não a fim que se aproxime nesta terra de esperança!






Filipe Assunção

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