Longos extensíveis campos, de meu nascimento ao longe a
igreja no entoar de seu sino, entre o vento do norte e o nascer do sol no sul,
o papagaio que uma criança faz voar entre o sonho e o acordar, a lua se deita
feliz por mais uma noite cumprida, os velhos ocupam seus bancos e apregoam suas
lendas, nas mãos os ases e valetes em mais uma cartada diária, as lavadeiras
elevam roupas sujas, lavam as vestes entre mas línguas das vizinhas entre os pássaros
que cantam a vida! O velho moinho de água ainda vive sobre o riacho protegendo os
peixes, e os putos chapinam os pés em tais águas cristalinas, os campos se
enchem para serem semeados as uvas podadas e mais um brinde entre o vinho da
amizade entre os risos verdadeiros o aperto de mão é forte.. O bom dia chega com
vida, afinal aqui se vive criando novas cores. O comboio ainda longe anuncia sua
chegada trazendo promessas de novas mudanças! Esta é a tela! Minha existência
cidade de meu nascimento, sinos meus.. Sinos de tua face de cabelo solto ao
relento de um momento em que tudo parou, lago dos desejos esquecidos habitados
pelos brancos cisnes que me engrandecem o olhar, aqui construo meu jazigo uma
ponte robusta de um sonho em vida cumprido de um sonho em vida vivido, pintado
por um coração, esbanjando o sonho!
1 comentário:
Que texto lindo! Perfeito na forma e no conceito.
Um abraço
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