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quarta-feira, 10 de abril de 2013

os cães ladram

Não tenho o brilho em mim
Brilho que acorda
Vida que é mim adormece
No pensamento que quebra o espirito
Atingindo prontamente a alma

Que agora é este?
Que me torna injusto!
Que agora é este?
Que me deixa brusco

Que me faz chorar na dor
Que me sufoca
Arrancando o ar de meu peito
Acorrentando todo o meu amor

Numa gruta fria entre a montanha e o caminho
Caminho que percorro entre a fogueira
Ao encontro do perdão
Solidão que cresce

Flor que se despe em mim
Pétala a pétala
Me deixa em mim
Sem qualquer solução
Soluço de pó
Bolha de sabão
Que arrebenta ao voar

Enquanto os cães ladram
Na grade de minha prisão
Eu tento encontrar uma razão
Para não te chamar
Para não me ajoelhar
Na lama por mim pisada
Pois cheguei ao fim da estrada
E não encontrei além da dor
Nada de nada


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