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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Prontidão fictícia

Sim é o não altercado
Se me amas e eu apenas te respondo sem sentimento
Verme, vermes do sentimento
Morte que aja boa morte ao relento
Entre o sangue sangrento do jazigo honroso

A espada a bandeira
A colheita e a sementeira
Das veias inchadas
Faces apagadas

Que este recanto
Semeia em prontidão lenta
Quando chove do alto
Bem do alto
Sobre o corpo que de vergado se ergue vergado
Prontidão fictícia
De uma tabuleta qualquer
Entre madeiras envernizadas
E cheiros tóxicos
Com rótulos de amor
E instruções de paixão

Onde de cabeça erguida
Caminham poucos
Pelo peso da angústia
Do mar que tudo devora
E se existir mais um amanha
Que seja de trovoada
E de marés agitadas
Que quebrem esta proa naufragada

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