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sábado, 8 de janeiro de 2011

Aceitei o convite

 
 
Aceitei o convite e entro no silencio, humilde no som que é forte, suas nuvens são transparentes no sol o começo da noite, na lua o começo do dia, reflectindo a vida em mais uma dança, esperando mais um segundo, ficando mais uma vida, se em ti me maltrato! perdoa-me, riso ao raiar, sonho ao nascer, entre os pilares as ruínas só são mais um passo no caminho, e eu creio que és um pilar, uma escarpa um altar, e bem mais perto escuto esses apelos, felicidade que se esconde e entra a alma do corpo sem dono. E se só somos mais um no mundo a quem ele pertence, mais uma vez se reflecte na face, mais um copo vazio, casa erguida em pedra na madeira que ardeu, e no pátio há candelabros cadeiras vazias mesas caídas, e correrias em risos de putos na sua primeira hora de vida, sua tapada é o fruto da vinha, calçadas em beleza caídas no branco entre as rosas já crescidas de Invernos tardios, e o que é o vazio se não cheio? Chaminé de sussurro do caseiro, da mão do cultivador no abraço as sementes, fruto da videira cantado na alegria do estar vivo, em comum acordo com os céus, um velho sentado uma guitarra na mão, a mulher bailando o homem dançando, o povo bebendo o sumo da uva, o cão ladrando na noite que se apressa, e renasce  brisa leve entre o povo forte, entre o mar que não consegue ficar indiferente, o pescador, o pastor, o alquimista, todos se reúnem no segredo do amor, e a noite é curta para tanta alegria no dia que não quer nascer.


2 comentários:

Cria disse...

Intensidade de sentimentos, Poeta !! Lindo demais, beijo, bom domingo pra ti.

Mina disse...

silencio?? porquê calar a alma quando ela necessita se expressar?diz o que te vai por dentro simplesmente guarda o mais intimo para ti para te tornar forte, silencio sim para podermos conviver um pouco com a nossa pessoa. és o verdadeiro poeta