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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sem mim



Por agora me nego
No tempo que me acena
Sou um, eu de alguém
Sem mim por perto

Sou a palavra que me dói
E me alerta
Em cada unha quebrada
Relento de mim
Trovoada sem fim
Me ergo ao pilar do mundo

Sapato aberto
Em cada pé descalço
E tu não vens!
Enquanto te espero
Tarde tardia
De um olhar perdido
Sabendo quem sou
E para onde vou
Caminho sobre as águas
Que me afundam
O corpo se quebra


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