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terça-feira, 12 de março de 2013

Esta é a tela, minha existência cidade de meu nascimento



Longos extensíveis campos, de meu nascimento ao longe a igreja no entoar de seu sino, entre o vento do norte e o nascer do sol no sul, o papagaio que uma criança faz voar entre o sonho e o acordar, a lua se deita feliz por mais uma noite cumprida, os velhos ocupam seus bancos e apregoam suas lendas, nas mãos os ases e valetes em mais uma cartada diária, as lavadeiras elevam roupas sujas, lavam as vestes entre mas línguas das vizinhas entre os pássaros que cantam a vida! O velho moinho de água ainda vive sobre o riacho protegendo os peixes, e os putos chapinam os pés em tais águas cristalinas, os campos se enchem para serem semeados as uvas podadas e mais um brinde entre o vinho da amizade entre os risos verdadeiros o aperto de mão é forte.. O bom dia chega com vida, afinal aqui se vive criando novas cores. O comboio ainda longe anuncia sua chegada trazendo promessas de novas mudanças! Esta é a tela! Minha existência cidade de meu nascimento, sinos meus.. Sinos de tua face de cabelo solto ao relento de um momento em que tudo parou, lago dos desejos esquecidos habitados pelos brancos cisnes que me engrandecem o olhar, aqui construo meu jazigo uma ponte robusta de um sonho em vida cumprido de um sonho em vida vivido, pintado por um coração, esbanjando o sonho!

1 comentário:

Guaraciaba Perides disse...

Que texto lindo! Perfeito na forma e no conceito.
Um abraço