Hoje podes entrar em
meus aposentos, tenho memórias em baús, roupa espalhada, cicatrizes por aprender.
Tenho metade do sonho em mim na metade que esperança completa, quadros por
pintar entre mil e um poemas escritos em viagens relâmpago pelo Céu, tendo eu
medo de querer la ficar, apenas permito aquele breve segundo que tudo modifica.
Tenho o relento de um
parapeito construído em pegadas de lama, onde menino foi! Lamento o crescimento
latente e o mau aluno que fui, que me perdoe o sistema, que se dane o sistema!
Nem tudo são pegadas
entre palavras que invento ancoradas lembranças de que nasce e quer crescer
firmando um novo destino ao encontro das nuvens do destino, tudo são castelos
em pedras que me foram atiradas sem pudor.
Hoje podes entrar na
minha alma e esculpir-me, tatuar-me um nome incolor na gratidão que por ti sinto,
ao eterno amor eu rogo, de pé morrerei não me limitando a viver de joelhos,
faço planos novos caminhos, sonatas de embalar.
E se um homem não
chora a vida será só um olhar, repugnante entre a humanidade!
Sem comentários:
Enviar um comentário