Meu amigo vento, arrasta-me para la
das montanhas, faz de mim fumo neste caminho e me guia nesta estrada, tudo são
mentiras em justiças que se vestem de mulher! Eu espero como quem espera entre
a luz e a escuridão, e como quero mudar entra a lama e uma corda em contra mão,
eu senti o vendaval que me assumia filho sem destino, templário sem destino,
intemporal ao abrigo, tudo se expande em remendos já gastos e a corda se rasga
abrindo um buraco no já fraudulento céu, sim as nuvens passam a dor! Não? Qual
medico fraudulento, medicando uma liberdade errada!
Meu querido vento, amigo escutado ao
alpendre do meu nascimento, porque me baloiças o berço, entra a sombra que em
mim se estende? Rasuremos agora os demais, iluminemos as estradas verdes dos
caminhos em glória, semeando um círculo de amizade, colhendo as árvores da vida,
tornando vivo o fruto na nossa boca, levanta esta amargura e a retém em teus braços!
Meu poder é escasso perante tanto lamento, meu querido vento o silêncio é uma
espada afiada que sangra o mundo, enquanto assistimos a extinção do amor!
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