Seguidores

sábado, 11 de janeiro de 2014

Então chorei, chorei

Sorri em tua face
Assim como toquei teu peito
Nesta chuva que não molha
Desta madeira ladeada que queima o coração

Explodi em vendavais e vulcões de palavras
Sobre a pele que te veste
Entre homens que te cavalgam
E te exploram

Resisti a milhões de anos
Onde o principio era a verdade
Podei do vinho branco
E pintei-te de tinto

Pelo rio que te flui
Que te alimenta
De perdão constrangedor
Onde esta o perdedor?
Onde esta o vencedor?
´
Que içou a bandeira do seu reino
Que resgatou a alma do redentor
Eu também te vi!
Sobre as asas do amor
Eu também te vi!
Quando te trouxeram a dor
Num pesadelo sem fim
Não sei se me conheces?
Mas também nasci aqui, sabes!
Sou pó da tua alma
Terra do teu ventre

Fruto de uma de uma das tuas raízes
Eu também sai das entranhas do amor
Abraçando ao nascer
O olhar singelo de quem me semeou

E do nada tudo me doou
Tudo em minha alma lavrou
Mesmo sabendo que um dia
O vento tudo me iria levar

Então chorei, chorei
Sem saber que tipo de alegria
Viria, depois do Adeus
Que tipo de rio em mim fluiria

E chegou o amanha
Singelo em mim despido
Sem qualquer raio contido
Iluminando o querer

De quem quer vencer
As barreiras que se erguem
Entre nos humanos domesticamente, domesticados
Por fronteiras e lareiras a findar

Olhando frente a frente
Este novo olhar
Que se estende aos céus dos sonhos
Como um novo modo para a vida abraçar

E silenciosamente te respondo
Com a palavra mais curta
Com o sentimento mais sentido
E te digo obrigado

Por me deixares ser ,ver
Amar e ser amado
Neste mundo tão desamparado
Enquanto meu corpo não tombar

Será sempre um prazer ter um motivo por qual lembrar
Que chorar nem sempre é dor

E que as vezes o amor chega em forma de dor
Nos transportando para o maior esplendor

De uma vida para ser realmente
Plenamente vivida
E nesse breve instante solto a palavra
Meu muito obrigada !

Sem comentários: