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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

JA ALGUEM SENTIU





Já alguém sentiu


Uma alma que sai através do corpo

Que se senta descalça na lama

Deixando se molhar pela chuva

Já alguém sentiu um coração puro

Um pequeno gesto

Uma mão que levanta um corpo caído

Uma ternura que se entrega como presente

Gratificando cada momento

Já alguém sentiu uma leve respiração

Que nos acalma a dor

Um beijo refrescante em um dia de calor

Um pássaro cantando aos nossos ouvidos

Já alguém reparou na liberdade de uma criança correndo

Ingénua sem maldade

Crescendo a seu tempo

Se houve um ontem

Haverá sempre um amanha

Pode ser um amanha diferente

Pode ser felicidade que se tornou dor

Ou dor que se torna esperança

Já alguém reparou em suas moradas

O que falhou

Em que palavra se errou

Em que atitude não se mudou

Já alguém se lembrou

Que somos humanos

Muitas vezes oprimidos

Muitas vezes fracos

Envolvidos em mundos

Sem realidade

Em armaduras criadas sem razão

Já se alguém olhou ao espelho

E retocou a pintura em sua face

Mudou suas vestes

E limpou sua alma

Já alguém caminhou

Entre ninhos de cobras

E não aceitou seu veneno mortal

Sua falsa esperança

Quem semeou quem plantou

E depois não colheu

Se um carro é bom

O condutor também o é?

Mas se uma arvore e boa

Seus frutos serão ainda melhores

Já alguém parou

Para dizer tudo que uma alma contem

És importante para mim

Como esta bela/o hoje

Já alguém disse amo-te com toda a sua certeza

Saltou fogueiras

Enfrentou muros

Trepou trepadeiras

Por um grande amor

E se não se concretizar esse sonho

Outros virão

Uns para ficar

outros serão belas lembranças.

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