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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

seu hoje de solidão





Não direi que tudo é bom
Que os opostos se atraem
Que foi dito?
Que foi falado?
E se nada modificou
Estando tudo igual ao passado
Porque resistir!
Querer sem sentir
Dar e não abrir
Qual é essa sensação
Que me deixa sem respiração

Que me faz querer ser
E não ser
Que me faz apenas querer
Por querer

O corpo é que paga
Sem piedade
Cada palavra errada
Dita sem serenidade

Mas na verdade
Não corto minha cabeça
Só para viver do coração
Só para viver na ilusão
Quando tudo parece sem razão
Não sei se o tempo me ouve
Aquele que tentei esquecer
Aquele que me fez crescer
E tudo acaba sem solução

Corrupta de maldade
É essa verdade
Que me assalta a alma
Me tornando humano

E tudo que semeie
Em tempestade
Colho em saudade
Perdendo tudo que amei

Esse olhar sombrio
Em que o destino
Encurtou o brilho
Pasmando a vontade

Que foi feito da força
Da luta continua
Da liberdade
De crescer

E eu por mim!!

Te entrego os restos mortais
O pó de meus ossos
Que tenho a perder
Foram momentos sensacionais

Onde a alegria
Sempre aparecia
Para sorrir
Para festejar

Onde se comia com sabor
Com fome da vida
Onde o amor
Era o único imperador

As velas estão gastas
E o vento mais forte
O barco troce
No leme que já não abraças

Fui a tua mão
No seu hoje de solidão

1 comentário:

SolBarreto disse...

Lindo Filipe!
Estava mesmo inspirado...
Adorei!