Pedes-me para entrar
Sem sequer saberes se queres ficar
Pedes-me para te amar
Sem se quer saberes se me queres amar
Nesse jeito meio louco de me olhar
Pedes para galopar
Para tuas encostas trepar
Nem se devo te perdoar
Ou reclamar
Ate mesmo me entregar
Nas ruas da cidade
Em que sinto saudade
De tua cumplicidade
Quando me trouxeste liberdade
Telhados por telhar
Corpos por se amar
Sorrisos por segredar
Sem abrigos sem casa sem a poder habitar
Portámos aqui
Portámos aqui
O poço da felicidade
Na água da claridade
Rio que lavas no povo
Entre a ribeira
E a zona da foz
Quem ouve tua saudosa voz
Vitoria
Vitoria
Em tua velha glória
Teu amor não tem historia
Tu ages como quem esteve de partida
E me enganou de seguida
Destemida
Fria e ambígua
Relembras os temos do sol
A primavera em rol
O verão em andorinhas matinais
Feitas de velhas folhas de jornais
Que o vento te trouxe para ler
Apagando as letra do meu ser
Roubando meu sonho sem saber
Se o luar era ao anoitecer
O por do sol ao entardecer
Partiste sem te despedir
Sem nada me pedir
Partiste
Como uma estrela que não voltou a reluzir
Nesse caminho que não é meu
Apenas meu coração tremeu
E morreu
Por esse teu veneno que bebeu
Em forma de licor
Que transforma a dor
Em ensinamento
Para um dia voltar ao amor
variações do o tempo que ficou
do vento que é o mesmo
no tempo que apenas mudou
entre o vento da mudança
tornando-me homem
em nudez de uma criança
2 comentários:
A vida é estranha e as vezes tem variações e percepçoes que não captamos ou não entendemos, ou ate confundimos...são os misterios que o veu da vida tem e nao conseguimos ultrapassar, as vezes as pessoas tambem tem essas variaçoes e da mesma forma como não entendemos,captamos ou confundimos na vida ocorre com elas, por isso a verdade, a sinceridade e clareza é importante...
Lindo poema o seu...faz refletir pelos caminhos e desiçoes que tomamos na vida e com as pessoas..
Adorei Portuga, sinto que você ainda será um poeta reconhecido!
A confiança no amor ou na vida
Deixar amar
Apenas viver
Confiar
Entrega incondicional, não há como ser diferente
Mesmo que o preço da paga seja esta vida inconsequente
que aos olhos do povo de outra gente
chega até ser indecente
Aí você vem e planta uma semente
de esperança, de amor e confiança
na vida, no povo, no corpo de quem ama
E tudo recomeça novamente
Um amor incandecente
Vive poeta esta tua entrega
escreve pra tua gente
este desejo de vida que te corre a veia
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