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sábado, 30 de outubro de 2010

Honrar tua Morada

Ergo-me a teu céu
Rogo para que me recebas
Em teus domínios sagrados
Bento meu corpo
Para ser digno do teu solo
Entro em tuas portadas
Trazendo a humildade
Aceitando tua condição
Liberto o odor do meu coração
Em tuas nuvens feitas de sal
Honro a tua existência
Bafejando amor
Ilumino teu tecto com simplicidade
Sacudo os pés da transgressão
Trago a água da vida
Para com ela construir
O rio da amizade
Para nela os pastores da noite
Se deitarem em aconchego
Solto as pombas brancas
Em sinal de paz
Abro os braços
Para te receber
Em novo começo
Os primeiros passos são dados
 Teu apúlio e crucial
 Violinos dão as primeiras palavras
A estrada erige o primeiro piano
 Liberdade é cantada
Em ventos trazidos do nada
A pouco e pouco começo a respirar
O amor que circula
Num dia que passa devagar
Transportando recordações
Lembranças pavimentadas
Em pinturas de pincel
 Lição que começou
Saber perdoar
 Muito tempo para mudar
Para querer voltar
No silêncio chega de renovado
Para sentir o amor
Voltando a casa sem pensar
Deixando a luz iluminar e encontrar
Podendo enfrentar todas as coisas
Que te quero dar
pela vida em seu novo luar





Num sinal do tempo

Num sinal do tempo
me tornei borboleta me esqueci de morrer
Como qualquer homem assustado
Merecia melhor sorte entre muralhas e sonhos
mantendo memórias em mim
estando tão longe do céu, tão perto da terra
Nunca ouviu o adeus
Celebrando no amor
quebrando o infinito
Porque olho a janela que se aproxima
Como uma historia por terminar
E só preciso de me encontrar no labirinto que se ergueu em mim
Entender porque a porta se fechou no toque de uma simples mão
Em uma terra distante no segundo nascimento
Nas asas de novos sonhos
tiro todo o ar que respiro na emoção do retorno
recordando o retiro das palavras que nunca direi
Não procuro perdão
Porque nada há a perdoar
Mas peço piedade a alma
Maravilhosa criatura dentro da terra,
Tu que me trazes as tempestades,
E me inundas com água do rio
afagando nas caravelas do amor
Entres milagres e o caos
O inferno e o paraíso
na lua que esta em chamas
 entre a noite que arde no luar
Uma nova esperança nasce
Entre orações que ninguém ouviu
Não te temo, não, não te tenho medo
Apesar de ter muito a temer
Pode haver milagres
Quando acreditamos na esperança que liberta
Ainda me mantenho sem explicação
Falando palavras que nunca escrevi
A espera do amigo que não apareceu
E no silêncio da escuridão
Eu vivo dentro do espírito
Sonho que chama o vento
Na voz sussurra uma vela na noite
Fecho os olhos e olho nos sonhos
Nos ventos da mudança e voo para longe num arco-íris no céu
muda a brisa e navego ao encontro do vazio
Porque isto não e o fim
E o começo de uma estrada
E princípio de uma terra cavada que renasce em novo solo
Permitindo
Que me erga na luta em favor do amor
 Me entregando ao mestre vento.
 Hoje não e um bom dia para morrer
E se tenho que morrer não será agora
porque ainda luto pelo amor e não pela gloria
E nenhum homem se ajoelhara na chama da paixão eterna

Comunicado

Caros amigos e amigas, também faço parte do bloggue diálogos poéticos.
passem la deixem ficar vossa marca vosso perfume vosso dialogo.

Com os meus melhores cumprimentos,
Filipe Assunção

http://dialogos-poeticos.blogspot.com/

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

apenas amor de semente


Eu cheguei junto ao seu coração
Mesmo sabendo que você era selvagem
Eu quis para sempre ficar nessa canção
Mas pelo sim pelo não queria só uma miragem

Nunca fui de aventuras incertas
De loucuras na paixão
Nunca fui de palavras incertas
Nunca fui brisa de solidão


Eu plantei nesse jardim
Minha face, minhas cores
Desflorando suas flores de jasmim
Mas tu eras rainha dos amores

E não tristezas
Sem despesas
No cobertor que me aquece
Que enrola a garganta de incertezas
Lágrima que me desfalece

Por uma noite apenas
E só esse ensejo
Alma não te arrependas
Desse momento de açucenas
Que meu corpo treme de desejo
Eu cheguei junto ao seu coração
Mesmo sabendo que você era selvagem
Eu quis para sempre ficar nessa canção
Mas pelo sim pelo não queria só uma miragem

Uma pequena lembrança para esquecer
No destino que me amarra
A dor de não te ver
De uma vida parada

Se o agora fosse eterno
Eu seria um menino novamente
Talvez rei de um novo inverno
E não seria apenas amor de semente











nem que seja um segundo para amar

Esta noite te trago minha alma, num conjunto de emoções por mim vividas, entregando minha vida entre notas soltas na guitarra que me faz gemer, sem tua mão não te poderei mostrar esse mundo, porque no escuro a uma estrada que dança sobre nos, na chuva que cai para nosso corpo acordar, não sei se é o céu ou o inferno nas vozes que se ouve no fundo desse corredor, o local é amável, tu és tudo entre o nada de o meu ser, serei teu sem tu seres minha. Alguns dançam para lembrar outros para esquecer, e no grito o capitão reclama seu vinho, não tragas desculpas nem uvas para beber, o padre alui não entra pois seus segredos são pecados, e teus medos para mim são dor que posso curar, ouve minha voz chamando teu nome com verdade de quem quer cuidar, não trago palavras falsas, trago actos realizados em teus olhos, não podes duvidar, porque sou mais transparente que a agua cristalina, pois sou mago entre feiticeiras, templário entre alquimistas querendo ensinar como viver, e nunca iras poder dizer que nunca de ti cuidei, e nunca vais dizer que nunca estive presente nos pormenores, e nunca vais dizer que nunca te abracei. Sempre saberás que para sempre te amarei, e saberás sempre que estas em meu pensamento, e saberás sempre que só para ti viverei, nem nas sombras de teu tormento serão mais fortes, porque estarei sempre lá para em ti agarrar, para a teu lado sofrer para a teu lado chorar, e para sempre te direi que sou feliz contigo, e tudo para ti serei mesmo sabendo que para mim nada és, mas para todo o eterno sempre estarás na minha mente nas coisas simples nas palavras soltas na lembrança. Onde estas agora? Mas vou-te encontrar nem que seja um segundo para amar.

Viagem pela Vida

Coloca a haste, dá-me a mão
Une teus braços aos meus
Dança o sorriso
Pu-la alegria
Afasta o medo do tédio
Entra comigo nesta dança
Na viagem da primavera
Onde o mar nos acarinha
Expectante no sol que aplaude
Onde a lua alegra a noite
Vem não te demores comprei bilhetes de ida
Dançaremos em viagem a terra do amor
Transformaremos as armas em arado
Remodelaremos as lágrimas em água
O barco já nos espera
Vamos remar em conjunto para o mesmo lado
Para ele não afundar
Vamos respirar a flora do éden
O sofrimento acabou as coisas anteriores passaram,
 não olhes para trás.
Onde só fica o silencio
Deixa esse coração volta viver
Não pares de dançar
Pois esta é nossa luta
alteraremos a injustiça em justiça com amor
Não poderemos ser desanimados
Pois aceitamos a dança em conjunto
Não podemos ser afastados pois somos unos.
Já se houve as trompas da chegada
Já se sente no ar as vozes de júbilo
Aqui habitaremos, construiremos o túmulo de nossa geração
Aqui gritaremos que nem o mundo vence o amor
 findaremos com prova verdadeira
que é possível amar incondicionalmente, até a velhice.

Vem pela sombra,Quando a vida te afasta

Vem pela sombra
Quando o sol te desgasta
Vem pela sombra
Quando a vida te afasta

Escreve teu nome
Entre os campos memoriais
Toca o céu com a alma
Aceita todos os temporais

Que a vida vem de longe
Respirando o ar
Qual forasteiro sem mundo
Que a alma possa libertar

No desejo
Na força do querer
Na trepadeira que cresce em flor
No desflorar do amanhecer

Vem pela sombra
Quando o sol te desgasta
Vem pela sombra
Quando a vida te afasta

Vem pelas chuvas de Maio
Na passagem que se abriu no mar
Nas palavras
Nas histórias
Nas trovas e poemas
Qual canção de embalar

Soluço vem
Vem no sussurrar
A sempre alguém
Que espera
Se espera
Não desespera
Pela corrente
Desse templo
Vem e só vem
Quem procura alguém
Para amar


Vem pela sombra
Quando o sol te desgasta
Vem pela sombra
Quando a vida te afasta

Estrela que te guia
Pela noite sombria
Chuva de alegria
Lágrima espalhada
Pelo flagelo que se apaga

Vem se tens
A morada
Vem se trazes a palavra
Porque vem para a alma
Deixar de ser escravizada

Vem pela sombra
Quando o sol te desgasta
Vem pela sombra
Quando a vida te afasta

MAS VEM SEMPRE

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Talvez seja só mais um dia Uma noite fria

Sombria alta vai esta casa vazia
Esperando o sol nascer
No retorno da esperança em alegria
Dormindo com a lua para um novo renascer

Fumo amargo
Que me queima o ar
Dor que retardo
Por ter medo de aceitar

Precipício de verdade
Que nunca te retarde
Mulher selvagem
Sem dono nem bagagem

Sussurro do vazio
Que me atormente a cada vida
Corpo sombrio
Que me deixa a lágrima na alma caída

Nesse brilho
Nesse olhar
Nesse pequeno abraçar
Nesse simples sem ti


Talvez nem seja um recordar
Sem ti não há um lugar
Sem ti não a ondas no mar
Sem ti o luar é apenas o reluzir de uma estrela por iluminar
Sem ti o esplendor e apenas uma luz de dor

No tempo que passa por passar
Talvez te venha a encontrar
Talvez te venha a conhecer
Nesse doce e eterno silencio
Ao qual no agora não pertenço


Talvez seja só mais um dia
Uma noite fria
Uma luta que não termina
Talvez seja mais um copo vazio
Um luar sem lua
Talvez seja o mar que não firma

Ou talvez seja sem ti
Que minha alma se sinta sem mim
No encontro em que não me encontro
Sempre que quis e não te pode encontrar

Para em ti me firmar
E de abraços abertos ao céu
Proclamar
Que te espero aqui
Em qualquer lugar
Para te poder voltar amar

ou talvez?
Talvez seja só mais um dia
Uma noite fria
Uma luta que não termina
Talvez seja mais um copo vazio
Um luar sem lua
Talvez seja o mar que não firma

ou Talvez?

Ou talvez seja sem ti
Que minha alma se sinta sem mim
No encontro em que não me encontro
Sempre que quis e não te pode encontrar


E quem chama se aproxima

Quem vem do alto
Descendo a nuvem do sonho
Angustia e ternura
Que se afoga na loucura

Desespero esperado
Corpo acorrentado
Espírito derrotado

E quem chama se aproxima
Qual voz qual cantiga
Qual poeta em plena estima
Em cada palavra que não lhe é amiga
Em cada brisa de seu estigma

Quem vem do alto não se aproxima
Não se resigna
Não se entrega
 Mordendo seu próprio calcanhar

E se o poder é só o ter
Onde esta a razão?
Se para ter basta saber ser
A palavra que deu uma bela canção

Gritando ao escuro da noite
Os segredos escondidos
Na palavra incerta
No momento em que o coração aperta

Nesse pecado de pecar
Só não aceita quem não quer aceitar
Talvez seja mais facial disfarçar
Ou mesmo não se saiba amar
Talvez o prazer de odiar?

E quem chama se aproxima
Qual voz qual cantiga
Qual poeta em plena estima
Em cada palavra que não lhe é amiga
Em cada brisa de seu estigma

E se essa voz que morde pela calada
Que entra pela assoalhada
Sem cara sem morada
Suas unhas me cravam

Que nunca utilize a minha palavra
Deturpando razões
Reiterando emoções
Entregues a novas sensações

E quem chama se aproxima
Qual voz qual cantiga
Qual poeta em plena estima
Em cada palavra que não lhe é amiga
Em cada brisa de seu estigma

Nessa voz que é só minha
 Que nunca a tentem calar


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Viva quem fala

Viva quem fala
Que quem fala
O que vai na alma
E ninguém sabe quem fala
Porque quem fala sem falar
Não é como quem fala da alma
Da alma que fala o seu mundo que comanda

Viva quem fala
Da alma que comanda
Não fala por falar
Mas sente o que fala

E se há perdão para quem fala
Que direi de quem não fala da alma
Fala por falar
Que nunca sabera amar

Viva quem fala humilde
Quem fala através da alma
Pois a este, ninguém
Pode recriminar

Viva quem fala
Que quem fala
O que vai na alma
E ninguém sabe quem fala
Porque quem fala sem falar
Não é como quem fala da alma
Da alma que fala do seu mundo que comanda

viva quem fala
 quem em vida
a utiliza da alma
e ai de quem se acalma
na voz da alma

sábado, 23 de outubro de 2010

Meu povo quem te censura

Neste destino amarrado
Podes dizer que tens destino de liberdade
Neste destino ancorado
Mentira se liberdade não for verdade

E se essa ternura
Te perdura, ai se te perdura
Amargura, amargurada
Meu povo quem te censura

Dorme meu povo ao céu aberto
Mas não escondas nunca a voz
Dorme em teu nome encoberto
Entre este tempo incerto

Quem vem
Atravessa a dor
Trazendo sua própria lembrança
Traz esse sempre mais amor

Entres ruelas
De esquinas escuras
Nas calçadas e vielas
Das ternuras

E se essa ternura
Te perdura, ai se te perdura
Amargura, amargurada
Meu povo quem te censura

Da lágrima derramada
Entre súplicas ao infinito
Da paixão estripada
Nesse amor que nem sempre o admito


 Andorinha de inverno
Esperando o verão
Andorinha do incerto
Voando contra mão

E se essa ternura
Te perdura, ai se te perdura
Amargura, amargurada
Meu povo quem te censura

Aí quanta loucura
Na vida que em ti não perdura
Nessa alegria
Nessa ternura

Que te amargura
E se essa ternura
Te perdura, ai se te perdura
Amargura, amargurada
Meu povo quem te censura

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ederlezi

É este mar que me acerca
De Marés abundantes
Nas ondas que me recolhem
No silêncio das Vozes em terra
Entre as que estão distantes
Sobre o céu que se serra

Nos dilúvios
Que me assombram
Sem tempestades destinadas
Ao fracasso

Não é o acordar De um mau sonho
Porque o sol esta prestes a voltar
Quando a noite se retirar
Beijando o sol em seu luar

Alma que percorre
O trilho das estrelas
Que brilham e reluzem
As ondas do mar

O doce do fel
Na sua boca ao sal
Desnudo o respirar
Na voz que insiste sussurrar

Qual pastor que apanha seu peixe
Qual pescador que ordenha seu rebanho
Nos pilares escritos em vida
No pequeno pano
Que constrói a tenda do amor

Instante pequeno
Mas ofegante
De quem me garante
Que as trilhas são de vida

Recorrentes
Intransigentes
As gaivotas fazem esses voos rasos
Entre uma e outra espera
Onde as andorinhas constroem esse ninho
Nunca antes escaldo
Mas mesmo nesse deserto escaldado
Eu sei que o amor supera

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Fala baixinho meu amor

fala baixinho meu amor
o coração esta a descansar
não te exaltes meu amor
tu sabes que ele tem muito para amar

fala baixinho meu amor
não queiras seu sono despertar
tu sabes que ele esta cansado de lutar
não o queiras acordar na dor

fala baixinho meu amor
deixa o coração sonhar
fala baixinho meu amor
fala só quando ele acordar
que certamente será para te amar

fala baixinho meu amor
não a razão para o assustar
fala baixinho meu amor
ele é frágil e dele deves cuidar

Pensamento

Voa por entre os mares da vida,

Entra nas crateras da alma,

Escala os pilares dos sonhos,

Não entregues o espírito,

Retém a chama do amor viva.

Não perdures parado, compõe o sonho.

esta noite serei so eu

esta noite não vou relembrar
vou apenas deixar o mundo girar
ir para a outra margem
abrir minha porta e deixar o mundo entrar
nem que seja de passagem

 não quero sonhar
quero ser vazio
nem quero amar

esta noite serei eu e o luar
e se percorrer
serei apenas paixão
e se acabar
que seja propria
 noite a dançar

 vou beber
não para esquecer
nem para lembrar
mas esta noite quero pecar

vou ser onda no mar
 areia de enrolar
ser sonho de acordar
ser apenas como quem erra

serei perfeito
por ser imperfeito
nesta noite onde perco meu leito
neste outro mundo qualquer

e mesmo assim serei
o que alguém quiser
em um momento sem tempo
serei alma de aluguer

historias contadas
de segredos sem existência
sem voltar para traz

esta noite serei so eu
sentado na onda do mar
sendo dança 
so eu Plebeu
 no pecado que me fez apaixonar

domingo, 17 de outubro de 2010

porque continuo a chorar na chuva do tempo

nas asas caidas dos ceus
acreditando no amor
entre anjos
do proproio criador

 como o vento
trazendo um anjo sonhador
longe de ti
no amor que doi


entres os suspiros da manha
no perdão que posso pedir
nas palavras que não são faceis de dizer
e mesmo assim ter que ver partir

e  se esta noite te pedir
se nesse silencio te abraçar
 e mesmo assim a palavra não sair
será que a escuridão poderei beijar

havera razão para chorar
longe sozinho posso perder
se não voltar para me amar

agora luta
luta
agora tenta
tenta
pelo amor
so pelo amor
que te traga novamente
nas asas do vento

e se eu não for esse historia
estarei chorando na chuva
e se não tiver um pouco dessa gloria
estarei chorando ao tempo

enquanto eu estarei erguendo os ceus
chorando ao tempo
na chuva do vento

mas lembra te que como tu te erguias
a chuva do vento
e eu nao acreditava que podia amar
 mas ainda hoje te sei guardar

e ainda  pergunto ao tempo
 porque continuo a chorar na chuva do vento

Por Mim Fica Quem Já Me Chamou

Por mim fica quem já me chamou
Para habitar num labirinto em si
Na hora dos lobos
A hora que te espreita num só sopro
A hora que esperei toda vida
Para te ter em meu túmulo
A forçar minha fibra
Em que os dias são noite
E as noites são dias
Se acordo e não te contemplar
Traineira na minha viagem
Andorinha de voos campestres
Fado para sonhar Purificando minhas preces
Jamais percas a loucura das gaivotas
O sol que brilhara novamente
No mar revoltado por não poder amar
Correndo sobre a tempestade
A lição não da saudade
Mas branqueia as margens
Das aguas de onde vens
Não sei quem são
Mas sei quem és
Corrente de força Envolvendo nossos seres
Fico para ti porque vivo em ti
Fico espera a espera, não desespero Para em ti ficar
Foi assim que o tempo parou
O tempo que não lamento
Que não vou querer esquecer
Num lugar em que para ti ficou
No desejo que em ti vi
Porque vi porque vejo
Quando sinto o teu olhar
Não é favor dizer quando o amor transforma o coração
Por mim fica quem já me chamou

Segredo

Olá,
Sei que não sabes quem sou
Mas não me tenhas medo
Apenas te quero contar
Sim contar
Apenas contar um pequeno segredo

Podes partir e não o ouvir
Ou então ficar
Pois neste segredo
Esta escrita a arte de amar

Não me perguntes que sou
Porque nem mesmo sei
Nem para onde vou
Pois não tenho morada
Ou casa habitada

Apenas tenho um segredo
Pequeno que é esse segredo
Que não posso mais retardar
Já nem sei se será um segredo ou sonho para sonhar

Não o trago para revelar
Mas quando ele te falar
Perdoa-me se chorar
E que faz tempo que só o vento me pode escutar

Não te preocupes
 Não vais ficar ao relento
Nem perder teu tempo
Pois és rocha em firmamento

Mas escuta esse segredo
Quando a voz te falar
O céu se abrira
Para te abraçar

Sabes e que na vida sempre temos que perdoar
Ou então nunca haverá um lugar
É que a vida não facilita
Quem nela habita

E quando as intempéries
Te trouxerem a dor
Lembra-te que antes te trouxe o segredo
E tenta te lembrar
Do que te vou agora revelar

Eu sou o amor
E passei aqui só para te amar
Eu sou o amor
O oposto da dor
Eu sou o amor
E passarei sempre por ti para te abraçar
Eu sou o amor
E estarei sempre pronto para te amar
Em qualquer altura em qualquer lugar
Para te amar


Luar da Vida

Agora que meu barco parte do cais da despedida
Entre as luzes que me reluzem
Sigo viagem
Com destino ao luar da vida

E sigo com a proa destemida
Mareando de vela erguida
Entre o mar salgado
Entre o luar da vida

Talvez o luar da vida
Seja um lugar sem destino
Apenas uma lágrima vertida
De um segundo sentido

Não levo grandes tesouros
Nesta alma calejada
Não levo agoiros
Mas levo meu coração neste corpo ancorada

E eis que o sol ser ergue
Neste mar alto da vida
Neblina que se segue
Terra prometida

E não vou desistir
Ou recuar
Ao enfrentar o mar
Neste luar da vida

Porra! !
Afinal fomos feitos
Para sonhar
E caramba!
Afinal fomos feitos para amar

E se a vida é só um luar
Mesmo se o sol não me procurar
Porque raio ia eu parar de amar
E mesmo se a lua não me brilhar
Porque raio não iria lutar até me libertar

Não que esteja cansado do luar
E de suas intempéries
Escritas em mim
Não que tenha parado de escutar

É que já dói um pouco olhar
É que sofrer já não é mas passou a ser
E a dor não combina muito com amor

 Raios partam estas ondas
Que nos molham
Que nos tentam derrubar
Mas que me escolham
Pois não vou parar de sonhar

 Amanha um bom dia para regozijar
Mas de manha sei que ainda é cedo para me arvorar
Talvez a tardinha me erga
Na esperança de ter um pouco de luar

Não tenho medo de chorar
Ai como e bom chorar
Não vou sorrir para a minha alma aliviar
Mas se poder chorar
Ai terá um novo olhar
Que me faz renascer mesmo a tempo de sonhar

Qual Outono sem flor
Esperando a primavera para de novo se recompor

sábado, 16 de outubro de 2010

pétala que cai

No mesmo jardim,
No mesmo local,
Entre a sombra e o deserto,
Na pétala que cai,
Mesmo sabendo que será assim,
Abri meu peito para chorar tuas mágoas

Escolhendo entre o dia e a noite,
Entre as noites que são dias e os dias que são noites,
Entrando em tudo que não foi tocado.
Amanha podes entrar na cidade do meu nascimento,

No inicio do fim,
Na minha vida corrompendo em um anel de fogo,
Entre os sinos do principio,
Os sinos da tua face

Num raio de luz ardente
Em círculos feitos de cor
Acarinhados em flor

Coloco minha capa negra
Canto a minha meninice
Mas não tenho a certeza
Se a viúva te causa tristeza

Mas és tão linda flor camponesa.
É que a vida tem mau feitio
E não separa o joio do trigo
Mas quando o dia nasce em firmamento no trabalho

Tuas pétalas crescem com desejo
Perfumando nosso beijo
Em cada momento que não me contento com teu olhar



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

vou chamar quem vem por amor

vou chamar quem vem por amor
vou chamar o pedinte
e se não quiser vir Doutor!!
vou chamar o ouvinte.

vou chamar quem vem por amor
e se não vier o engenheiro
que venha o conhecedor
no amor até que venha o caloteiro

vou chamar quem vem por amor
o pobre
o pedinte
o coxo
o endemoninhado

vou chamar quem vem por amor
quem é humilde
quem partilha
quem é ultimo entre os primeiros


vou chamar quem vem por amor
pois sabe que é pecador
vou chamar quem vem por amor
só quem já sentiu a dor

Vou-te amar

Hoje vou-te amar
Não porque quero
Até porque te amo
Vou-te amar
Não porque me amas
Mas porque nos somos o amor
Não posso amar sem ti
E não posso ser amado sem mim
Não é um amor grande
Nem tampouco pequeno
É um amor verdadeiro
Vou-te amar hoje
E vou amar amar-te amanha
E vou amar pensar amar-te que no futuro continuo amar-te

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

caminho da saudade

o caminho da saudade
aquele que me traz a palavra
na alma na verdade

que faz recuar
querer com toda a força do querer
voltar,voltar,voltar
renascer

o caminho da saudade
pautado por pequenas dores
pequenos sabores
alguns dissabores

lágrimas de alegria
sorrisos de tristeza
no vazio
na solidão

o caminho da saudade
um misto de alegria triste
de recordar o que já partiu
um pequeno olhar do que já não existe

força maior
que nos faz caminhar
que nos faz lembrar
como é importante sonhar

o caminho da saudade
o encontro para quem deseja encontrar
o caminho que não posso esquecer
aquele que um dia com certeza voltaria a viver

em plena satisfação
abraçando todo esse momento
acariciando todos esses passos
caminhando no beijo da saudade

o caminho da saudade
o pequeno luar da vida
de quem a lua não é dona
na alma que não tem idade

livre,livre
batendo em cada porta
abrindo cada espírito
respirando o ar do coração

no caminho da saudade
onde ninguém tem morada
onde ninguém tem nome
onde a alma já foi amada

o caminho da saudade
onde os velhos amores
se tornam presentes
onde as marcas
se transformam em dor

suspirando por uma nova saudade
a vida invade a alma
em uma mistura explosiva de sentimentos
de amor e dor

domingo, 10 de outubro de 2010

O AMOR ACONTECE

O amor acontece em qualquer lugar
No cantar dos pássaros
Nas ondas do mar

No amor não a lugar para reclamar
Apenas saber que se torna amar
De lugar em lugar
De caminho em caminho
No abraço que abraça

O amor acontece
Em todo jardim
Em toda uma pequena flor
O amor acontece porque acontece
Não a forma
Não existe medida
Ou quantidade

O amor acontece para sorrir
Para alegrar a alma
Para permitir viver
Para se poder respirar

O amor acontece em um pequeno olhar
Na magia de recordar
É sonho para sonhar
Palavra verdadeira
Fruto da videira

O amor acontece
No céu
No esplendor de um coração
O amor é teu
É meu
O amor acontece a todos

O amor acontece
Para perdoar
O amor acontece
Para ver o vento gritar

O amor acontece hoje
O amor acontece agora
Não para retaliar
Não para retardar

O amor acontece
Para que haja
Um passado
Um futuro
Um presente

O amor acontece
Para amar
O simples
O silêncio
O invisível

O amor acontece
Para existir cor
Para não existir vazio
Para viver a vida com sabor
O amor acontece
Discreto
Por vezes encoberto
Outro nunca descoberto

O amor tem caminho incerto
Varias moradas
O amor existe em todas as palavras
Em todas as acções
Em tudo que vemos em nosso redor

O amor acontece
Para persistirmos
Para buscarmos
Para errarmos
E acertarmos
O amor acontece
Quando buscamos
O amor se torna amor