Seguidores

domingo, 30 de outubro de 2011

Um trago de sal


Hoje revelo em mim
Uma certa luz
Um trago de sal
Ao mergulhar na alma
Um sentimento de culpa
Por ter nascido em semente
Onde o solo árido rejeita germinar
E ai nasce todos os meus Porquês?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O sopro vem só

Sombria vai a noite
Num sorriso espontâneo
Quem se segue
No patamar dessa casa vazia

Como espelho reflecte
A imensidão da alma perdida
Ansiosa por se encontrar
Num regresso a si

Vagarosa entre nos
Verrinosa aos demais
Os olhos se abrem
Como o sol que silenciosamente engole o mar
A cada por do sol

Antecipando um novo amanha
Sendo ele igual aos demais
No solo rijo de argila e betão
Teimando em nada alterar

O sopro vem só
Ao respirar de cada passagem
E tudo nasce
No sufoco de um suspiro

E a noite se torna dia
E o por do sol se torna nascer do sol
E o sol se torna lua
E o sopro se torna asfixia
Nós nos mantemos iguais
Inabaláveis no ridículo