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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Onde uns vivem

Pelos passos distantes do homem
E os ventos da terra que treme
Se ouvem as sirenes do desperto
A correria sem salvação do desespero

O amor que não se manifesta
Que mantem a alma fechada
E o coração numa rua secreta
De uma promessa demorada

Passos lentos
Ventos tensos
E joelhos quebrados
Pelas guilhotinas dos demandados

Surgem dons de palavra
Acções ocultadas
E muros de Berlim
De raízes enraizadas

No pulmão que não respira
Não mão que não agarra
E o pé que empurra
O semelhante para a loucura da amargura

A solidão que sempre vem
Entre o barco naufragado, sempre naufragado
Se erguem velas rasgadas
Entre ventos desgastados pelo tempo

E tudo se torna banal
Neste mundo irreal
Onde uns vivem
E outros sabem viver

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