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segunda-feira, 18 de março de 2013

acampados ao relento de um sonho por chegar



Estou carente de só em mim, não procuro um amor, nesta viajem louca! Mesmo desdenhando não vou comprar, uma sede profunda nesta cabeça oca de palhaço sem circo. Estendo o arco em trapézio matinal, lavo os dentes numa educação profunda e a limpeza clareia um corpo por nascer, um rebento que traz alegria entre esses pequenos olhos que se abrem. Vagueio neste tempo, cidade de deserto imposta pelo cimento escondendo o verde e o azul, em leis estupidamente justas aos olhos de quem não quer saber se a alma Chora! Distante me acena, me acadima em mais uma noite sem fim, batendo em portas desconhecidas, abrindo um amanhecer e me presenteias carregando a dor em meu peito! Estendes então o cobertor e convidas todos a se refastelar em tal maresia tendo a lua como testemunha, os primeiros acordes, sim! O piano esquecido volta a tocar numa melodia onde o fim é um princípio para a magia, se apenas eu te fosse olhar qual mal me faria? Até porque o mundo gira e quer se queira ou não habitamos todos o mesmo lugar como forasteiros, acampados ao relento de um sonho por chegar!

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