Estou carente de só em mim, não procuro um amor, nesta
viajem louca! Mesmo desdenhando não vou comprar, uma sede profunda nesta cabeça
oca de palhaço sem circo. Estendo o arco em trapézio matinal, lavo os dentes
numa educação profunda e a limpeza clareia um corpo por nascer, um rebento que
traz alegria entre esses pequenos olhos que se abrem. Vagueio neste tempo,
cidade de deserto imposta pelo cimento escondendo o verde e o azul, em leis
estupidamente justas aos olhos de quem não quer saber se a alma Chora! Distante
me acena, me acadima em mais uma noite sem fim, batendo em portas desconhecidas,
abrindo um amanhecer e me presenteias carregando a dor em meu peito! Estendes
então o cobertor e convidas todos a se refastelar em tal maresia tendo a lua
como testemunha, os primeiros acordes, sim! O piano esquecido volta a tocar
numa melodia onde o fim é um princípio para a magia, se apenas eu te fosse
olhar qual mal me faria? Até porque o mundo gira e quer se queira ou não habitamos
todos o mesmo lugar como forasteiros, acampados ao relento de um sonho por
chegar!
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