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terça-feira, 14 de maio de 2013

Sacudindo o pó

Desbravado tempo
Ancorado alento
Em tantas águas curvas
Em tantos mares turbos

Alma de silêncio
Luta de rua
De uma dor no imenso
Corpo sem lua

Mulher nua
Qual mão por estender
Marca sem luta
Cabe ao sonho saber

Quem no caminho enrufa
Tambores de liberdade
Flores de estufa
Almas de ansiedade

Coração de aço
Pés de compasso
Ritmados pela paixão
Povo unido na grande multidão

Sorrisos destintos
De ombros chegados
Caminhos guardados
Em fogos amitos

Se abrem os céus
Se beijam os corpos
Se despem os véus
Se erguem os ossos

Sacudindo o pó
Se medos
Sem dor de mó
Sem segredos

Dos céus desce o amor
A terra treme de louvor
A lagrima já não mais existe
E o que era triste se tornou amor

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