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sábado, 11 de janeiro de 2014

Cada amor que o homem terreno pode conter

Por vezes não encontro caminhos
Para fazer a alma falar
São tumultuosos passos
Entre águas turbas entre rios e caudais

Que se estendem num leito límpido
Entre meus olhos
Que tendem em se fechar
Contra tudo que me torna impio

Numa pequena partícula do tempo
Me torno minúsculo entre tantos gigantes
Que se torna impossível carregar um coração
Viver cada emoção como quem sente

E meu corpo tomba sobre o mundo
Que nos consome lentamente
Em grande cobardia
Na sua velhice precoce

Se erguem jardins
Das mais belas flores
Entre tabuas e tabuinhas
Indicando novas cores

E sem qualquer sentido
No que é mais sentido
Nascem novas palavras
Novos amores
Construindo seu barco
Remando contra a tempestade
Que os tenta afundar

O céu ressurge de novo
Entre o sol frustrado
E seus raios de alento
A noite descansa alegremente
Abraçando seus rebentos

A alma, essa se deixa contagiar
Se perdendo no primeiro dos últimos dias
E cavalga cada emoção, cada sentimento
Cada amor que o homem terreno pode conter

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